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Um grupo de pais e responsáveis de alunos de escolas particulares estão se mobilizando pela internet para a retomada das aulas em Poços de Caldas. Além de recolher assinaturas para uma petição on-line, uma carreata está sendo organizada.

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De acordo com Natália de Mattos Ribeiro, uma das mães e organizadoras do movimento, a manifestação está programada para o dia 3, com concentração às 16h30, no pátio do Ronaldão. De lá, os carros seguirão pela avenida João Pinheiro até a Secretaria Municipal de Educação, onde será feita a primeira pausa com buzinaço. Em seguida, a carreata segue para a porta da prefeitura e depois para a Secretaria Municipal de Saúde. Os carros devem ainda circular pela área central de Poços. “Os participantes devem permanecer dentro de seus veículos, usando máscara e seguindo as medidas de segurança sanitária. Os manifestantes devem levar cartazes e bexigas”.

Natália explica que assim que o ano letivo das escolas particulares foi iniciado de forma remota, os pais perceberam que a implantação do ensino híbrido, combinando aulas presenciais e remotas, não seria adotado em Poços. “As famílias ficaram muito preocupadas com os fatores que envolvem a não retomada do ensino presencial, como saúde emocional, social e aprendizagem das crianças. Isso envolve principalmente os alunos do ensino infantil, porque apresentam maior dificuldade de acompanhar as aulas online”.

A organizadora explica que o grupo entende que a pandemia afetou a todos, mas diz ser possível pensar em um retorno seguro ao ambiente escolar. “Mães estão perdendo os seus empregos ou tendo que sair do trabalho para cuidar dos filhos. Filhos estão sendo deixados na frente da televisão ou de outros eletrônicos para que seus pais possam trabalhar remotamente. São praticamente 11 meses de escolas fechadas e nos perguntamos o por quê de todos os setores da economia estarem funcionando e somente as escolas permanecerem fechadas”.

Natália argumenta que outras cidades da região que apresentam índice de contágio por covid-19 maior do que Poços optaram por retornar com as aulas presenciais. “Não é justo com as nossas crianças. Elas já estão sofrendo distúrbios, como depressão. Tudo está aberto, menos as escolas. Acreditamos que a economia tem que girar, mas a educação não pode parar. Se não abrirmos as escolas, enfrentaremos uma epidemia muito pior, que será a do analfabetismo”.

A petição on-line (pode ser acessada clicando aqui). Em cinco dias já foram colhidas 784 assinaturas.