O programa Mais Médicos destinou mais três profissionais para Poços de Caldas. O trio, de origem cubana, começa a atender em julho. Atualmente a cidade conta com 11 médicos do programa, mas esse número vai diminuir nos próximos meses.
Uma entrevista coletiva foi realizada no gabinete do prefeito Sérgio Azevedo para a apresentação dos profissionais e de perspectivas para o setor da Saúde, após a ida do secretário da pasta, Carlos Mosconi, ao Ministério da Saúde em Belo Horizonte. Poços chegou a ser contemplada com 11 médicos do programa e oito deles seguem atuando. Dois devem deixar a cidade em 15 dias e os seis que restarem ficam no máximo até agosto. Porém, os profissionais apresentados hoje podem permanecer por até três anos.
“Esse médicos vão substituir aqueles que estão indo embora, vão atuar a atenção básica e tenho certeza que eles vão prestar um ótimo serviço. Eles já possuem uma carga horária definida, de oito horas por dia, e serão escalados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, destaca Mosconi.
A substituição dos médicos já era esperada dentro do programa. Segundo Mosconi o prazo de contrato é de três anos, então este momento é de renovação. “Havia uma dúvida com relação a essas renovações, mas isso foi superado”.
O vice-prefeito, Flávio Faria, destaca que dois programas federais foram importantes para que o município avance na questão da atenção básica. “O Mais Médicos tem resultados expressivos porque as ações que ocorreram historicamente na atenção básica trouxeram mais frutos e ser atendido por esse programa nos permitiu ter médicos que atendem com uma precisão na atenção básica. Conseguimos hoje ter respostas à altura a demanda da população”, pontua.
Cirurgias eletivas e especialidades
As cirurgias eletivas, que são aquelas que precisam ser feitas mas não possuem urgência, têm uma fila entre dois mil e 2,4 mil pacientes esperando. “Nós queremos fazer essas cirurgias que estão paradas, temos pacientes na fila tem quatro anos e são milhares de pessoas nesta situação. E com essa visita [ao Ministério da Saúde] conseguimos a garantia que o repasse vai ser feito diretamente pelo Ministério da Saúde, sem a intervenção do Governo de Minas. Será pago o valor de 200% da tabela do SUS, o que faz com que os dois hospitais prestadores de serviço (Santa Casa e Santa Lúcia) possam prestar o serviço sem déficit, ou com um déficit menor, o que acontece com a tabela pura”, esclarece o secretário.
A questão de médicos especializados, cardiologia, ortopedia e outros, também tem gerado inúmeras reclamações. A população consegue atendimento geral, mas ao ser encaminhada trava na falta de profissionais.
“A grande dificuldade dos municípios é ter médicos das especialidades, estamos trabalhando nisso e em outras questões do setor, buscando equacionar e dar uma resposta. Elas não são imediatas, mas temos garra e determinação para fazer acontecer”, pontua o vice-prefeito.