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Simulado ocorreu dentro dos protocolos planejados (foto divulgação)

Na tarde de quarta-feira (25), as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), situada na vizinha cidade de Caldas, juntamente com a Santa Casa de Poços, realizou um simulado de um possível acidente, para que fosse calculado o tempo de resposta, o deslocamento da empresa até a Santa Casa, bem como a dinâmica do atendimento no hospital.

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Ano passado, a INB Caldas retomou a remediação de embalados de Torta II, ou seja, eles estão realizando a sobre-embalagem dos tambores oxidados com novos tambores metálicos e na substituição dos pallets por novos, visando garantir o acondicionamento do material. A previsão para concluir o trabalho é de 12 a 14 meses e, durante esse período, foi feita a contratação de um leito na Santa Casa, destinado à descontaminação de vítimas de um eventual acidente durante o trabalho.

“Existe um convênio entre a Santa Casa de Poços e as Indústrias Nucleares do Brasil e durante 14 meses eles vão passar por uma atividade interna lá e, em caso de acidente de trabalho, o funcionário acidentado vai ser trazido para a Santa Casa para atendimento médico. O tempo de deslocamento deles nessa simulação foi de 53 minutos e 34 segundos, do horário da ligação no setor de emergência até a chegada da ambulância no Pronto Socorro. A equipe da Santa Casa recebeu o paciente na porta do Pronto Socorro, fazendo a transposição da maca da ambulância para a maca do hospital, conduzindo até a sala de isolamento da unidade em exatos três minutos”, explica o técnico em segurança da Santa Casa Gustavo Giamarim.

O supervisor de Proteção Radiológica da INB Marcelino Dantas destaca a importância desse simulado, já que a empresa já fez diversos treinamentos teóricos para iniciar essa atividade de sobre-embalagem de Torta II.

“Para melhorarmos as condições de acondicionamento desse material fizemos diversos treinamentos, tanto na INB quanto no próprio hospital. Agora foi uma excelente oportunidade para fazermos o treinamento prático, essa simulação. Felizmente nunca ocorreu nenhum incidente, mas temos que estar preparados para qualquer situação”, explica Dantas.

Ele destaca ainda que o trabalhador nessa atividade estava com diversos EPIs, vestimentas especiais, assim como detectores de radiação, que são monitores que medem diversos tipos de radiação para que fosse controlada a exposição, garantindo que ele não esteja sendo exposto a valores acima do que a legislação brasileira permite.

“Por tudo isso, esse treinamento é de suma importância para que a gente faça essa simulação e que, se algum dia ocorrer algum incidente estejamos preparados e com todos os protocolos treinados e praticados para que tenhamos sucesso no socorrismo de um possível acidente”, completa Marcelino.