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O júri popular do caso do menino Paulo Veronesi Pavesi, o Paulinho, foi retomado nesta sexta-feira (29), com o depoimento dos réus José Luiz Gomes da Silva, José Luiz Bonfitto e Marco Alexandre Pacheco da Fonseca. Os médicos são acusados pela morte e remoção de órgãos do garoto. Este é o segundo dia do julgamento, que teve início na última quinta-feira (28).

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No primeiro dia do júri popular, o pai da vítima, Paulo Pavesi, foi ouvido presencialmente. Em seguida, foram exibidos aos jurados doze depoimentos gravados em vídeo. Os trabalhos foram encerrados pelo juiz Daniel Chaves, que preside a sessão, às 22h40, para que todos pudessem jantar e descansar. Os médicos e os sete jurados foram para um hotel e ficaram incomunicáveis até que o julgamento fosse retomado nesta sexta-feira.

Após o depoimento dos réus, serão feitos debates, começando pela acusação e terminando com a defesa. A previsão é que o julgamento se encerre ainda nesta sexta-feira.

O primeiro réu a depor é José Luiz Gomes da Silva. Durante o depoimento do médico, os outros acusados vão aguardar numa sala a parte.

 

O caso

Estão sendo julgados no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, três dos quatro médicos acusados da morte do menino Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, dentro da Santa Casa de Misericórdia, em Poços de Caldas, em abril de 2000. Estão no banco dos réus José Luiz Gomes da Silva, José Luiz Bonfitto e Marco Alexandre Pacheco da Fonseca.

Os médicos foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado e por remover órgãos ou partes do corpo de uma pessoa em desacordo com a lei, tendo como agravante a idade da vítima, menor de 14 anos.

Decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) remeteu o processo para a capital, após pedido de desaforamento solicitado pelo Ministério Público, sob o argumento de que a população de Poços de Caldas estaria corrompida pelo bombardeio midiático do caso, o que poderia tirar dos jurados a isenção para decidir.

Embargos, recursos e pedidos arrastaram o processo até agora. O STF decidiu em outubro do ano passado pela anulação da sentença que já havia condenado os réus. Assim, os médicos puderam ir a júri.