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Segundo sindicato, três mil pessoas foram às ruas contra a reforma previdenciária.

Milhares de poços-caldenses foram às ruas contra a reforma da Previdência nesta sexta-feira (31). Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Poços de Caldas, a passeata teve a participação de cerca de três mil pessoas. Já a Polícia Militar estima entre 1,5 e duas mil.

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A concentração dos manifestantes aconteceu em frente ao Espaço Cultural da Urca, com cartazes e apitos, além de palavras de ordem. Marieta Carneiro, presidente do Sindserv, abriu a passeata lembrando aos presentes que se trata de uma ação organizada com o apoio de vários sindicatos e movimentos sociais, de Poços e região. “Nossa manifestação é ordeira e contra as reformas da Previdência e Trabalhista. O Governo Federal está fazendo injustiça e discriminação, por isso vamos manifestar com respeito, pela luta dos trabalhadores do nosso país”.

Trabalhadores protestam contra Reforma da Previdência.

A assembleia contou com 1.600 servidores, de acordo com Marieta. Esse grupo somou-se a outros manifestantes que aguardavam na porta e saíram as ruas. “Precisamos que toda a população se volte contra essas reformas, esse projeto agride os direitos de todo trabalhador brasileiro. Precisamos mostrar a nível regional a indignação pela forma com que estamos sendo tratados. Aposentar com 65 anos para pessoas que já estão na ativa e começaram a trabalhar com 12 ou 14 anos, isso é um crime. As regras vão prejudicar todo mundo, a exemplo da pensão com morte reduzida a 50% no momento em que a família mais precisa, além é claro da situação das mulheres que terão o rompimento de suas contribuições durante as licenças médicas e outras”, esclarece Marieta.

A reforma

Em 2016 o governo federal apresentou o projeto de reforma Previdenciária. Pela proposta de emenda constitucional, a idade mínima para se aposentar será de 65 anos, com pelo menos 25 de contribuição. Mas, na prática, para receber 100% do valor será preciso contribuir por 49 anos, mesmo que tenha atingido os 65 de idade. A regra ainda passa a ser a mesma para homens e mulheres. As mudanças valem para trabalhadores de empresas privadas, servidores públicos federais e políticos.