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Poços de Caldas

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Entre o sonho e a realidade

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Autor é jornalista e professor universitário (foto: arquivo pessoal).
Autor é jornalista e professor universitário (foto: arquivo pessoal).

É desafiadora a proposta do Poços Já ao questionar “o que eu quero para nossa cidade daqui a quatro anos” porque aponta para o futuro no que diz respeito aos meus anseios, meus sonhos, minhas expectativas e minhas esperanças sobre a cidade. E desafiadora também porque remete a uma análise que vai envolver atores políticos (prefeito, vereadores e secretários municipais) sobre os quais não exercerei a menor influência, a não ser na hora de votar na próxima eleição.

Penso que meus desejos não se distinguem muito de outros analistas que já passaram por esse mesmo espaço ao sonhar uma cidade que tenha resolvida suas necessidades de saúde para todos, educação para todos, habitação para todos, cultura para todos, esportes para todos, transporte público de qualidade etc. Ou seja: uma cidade justa para todos. Oxalá isso um dia ocorra, mas não acredito que acontecerá nos próximos quatro anos, muito menos com a visão dos políticos que tem ocupado a prefeitura e a Câmara nas últimas décadas.

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Alguns deles são meus amigos e reconheço esforço e dedicação no desempenho de suas funções. Mas só isso não é suficiente. O que tem faltado não é um plano de governo. Isso todos os governantes têm, até porque com um pouco de esforço alguém rabisca um plano qualquer a ser executado. O que tem faltado é um programa de atuação política. Aparentemente é uma linha tênue distinguir um do outro. Porém, a atuação programática aponta para frente e mostra o que se propõe para cada setor da administração pública.

Não falo aqui de futuras grandes ou pequenas obras, muito embora entenda que elas sejam necessárias. Falo do conceito do efetivo compromisso programático de administrar Poços de Caldas. Na atualidade, quase não se distingue a atuação de um ou outro grupo político. Eles se equiparam reproduzindo a mesma cantilena. E verdadeiramente não conhecemos aprofundadamente seus eixos de pensamento, suas propostas para superar as desigualdades estabelecidas no município.

As últimas administrações não conseguiram resolver os grandes problemas. Prometeram casas e apartamentos que não entregaram, prometeram transporte público de qualidade e a preço acessível e não é isso que encontramos. Prometeram uma cidade cuidada em todos os aspectos e não é essa a realidade. Prometeram qualidade no turismo e o que vemos é um abandono sem fim. E o que é pior: nem mesmo foram resolvidas ações que demandam baixo investimento. Um desses problemas é o da acessibilidade que, por incrível que pareça, tem disponível dinheiro do governo federal.

Falta ação política, visão estratégica e planejamento, mas falta, principalmente, sensibilidade. Da próxima vez que você passar pelo principal cruzamento da nossa cidade (Assis Figueiredo com Prefeito Chagas) observe que o cadeirante que desejar ir da calçada do Banco Itaú (antigo Unibanco) para a calçada do MacDonald´s, não conseguirá acessá-la de forma independente pelo simples fato de não existir rampa de chegada. Dá pra acreditar que alguém faça rampa de um lado e não de outro? Daí me dou o direito de pensar que quem não consegue resolver pequenas e fundamentais questões da sociedade, não consegue resolver problemas maiores, ou os resolve de forma inadequada, capenga.

Mas, apesar da minha desesperança, torço para estar errado. Torço também para que a sociedade civil organizada participe cada vez mais para apontar caminhos que não são vistos pelos políticos. Quem sabe assim consigamos avanços que contemplem a população na sua totalidade.

Se os políticos não nos olham nos olhos, que olhem ao menos para nossa cidade. E que mudem a maneira de avaliar suas administrações deixando de lado a quantidade de feitos, substituindo o método pela qualidade do que é feito.

Simples assim…

*Marcos Cripa é jornalista e professor universitário.



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