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Médicos acusados pela morte e remoção de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi vão a júri popular nesta quinta-feira (28) em Belo Horizonte. O júri foi transferido para a capital mineira após pedido da acusação. São réus do processo, José Luiz Gomes da Silva, Álvaro Ianhez, José Luiz Bonfitto e Marco Alexandre Pacheco da Fonseca. A ação inicialmente tramitou em Poços de Caldas.

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A acusação dos quatro médicos é de homicídio qualificado do menino Paulo Veronesi Pavesi, ou Paulinho, como ficou conhecido, na época tinha 10 anos, e pela remoção dos órgãos e tecidos em desacordo com a lei nº 9.434/97, conhecida como Lei de Transplantes.

A transferência do júri para Belo Horizonte foi feita atendendo pedido do Ministério Público. Segundo o MP, a Associação dos Médicos de Poços de Caldas teria feito uma campanha massiva de propaganda sobre o caso, no rádio e na TV, o que tirou dos jurados de Poços de Caldas a isenção para decidir. Com isso, o promotor Sidnei Boccia Pinto de Oliveira Sá pediu o desaforamento do processo para Belo Horizonte, ou seja, requereu que o julgamento fosse realizado na capital. O pedido foi acatado.

Após o pedido do MP, embargos, recursos e pedidos arrastaram o processo até agora. O STF decidiu em outubro do ano passado pela anulação da sentença que já havia condenado os réus. Assim, os médicos puderam ir a júri.

Além dos médicos, o julgamento deve contar com o depoimentos de testemunhas, entre elas do pai de Paulinho, Paulo Pavesi.

 

Acusação

Na denúncia, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pontua que, em abril de 2000, os médicos removeram os órgãos de Paulinho, para transplante, causando a sua morte. A criança foi atendida pelos médicos, após sofrer traumatismo craniano em uma queda acidental no prédio onde morava.