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Processos ficam em frente à pia e ao vaso sanitário
Processos ficam em frente à pia e ao vaso sanitário

Além do aumento escalonado, a greve dos servidores do Fórum de Poços de Caldas também protesta por melhores condições de trabalho. O Poços Já teve acesso ao interior do prédio e registrou a falta de espaço. Em uma das secretarias, os processos são arquivados dentro do banheiro, já que em cima das mesas não tem lugar para mais nada. A greve ainda pede a isonomia no valor do auxílio alimentação dos servidores em relação à magistratura e a regularização de promoções verticais atrasadas desde 2007.

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Na próxima quarta-feira, 10, uma assembleia geral em Belo Horizonte deve decidir os rumos da paralisação. Em Poços de Caldas, apenas os serviços de urgência estão sendo mantidos, com 30% do pessoal.

A principal reivindicação é a implantação de um programa de aumento salarial escalonado, que visa valorizar os funcionários em início de carreira. O salário inicial atual é de R$2160,00. Se o aumento for implantado, esse valor aumenta para R$2482,00, um reajuste de 15%. Os servidores que recebem mais teriam aumentos percentualmente menores. Esse escalonamento foi definido por um grupo de trabalho composto pela equipe técnica do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e representantes dos sindicatos. Porém, em fevereiro deste ano, o TJMG anunciou que não seria possível colocá-lo em prática.

A greve do SINDOJUS, Sindicato dos Oficiais de Justiça de Minas Gerais, foi considerada legal pelo STF dia dois de abril. “Acredito que vá deixar claro para os nossos gestores que o servidor precisa ser respeitado, precisa de um plano de carreira, precisa respeitar as leis. Queremos que se decida o quanto antes. A gente quer voltar ao trabalho.”, conta o delegado do SINDOJUS Alonso Donizeti Costa Matias.