Após divulgar a informação de que um macaco foi encontrado morto por febre amarela na cidade no último dia 25 de janeiro, a Secretaria de Saúde de Poços de Caldas anunciou que deve desenvolver campanhas alertando turistas e moradores sobre os riscos de se aproximar de animais silvestres. “Não se deve ter contato com animais silvestres de forma alguma. Seja com macacos, raposas, morcegos etc, principalmente quando eles estão fora do seu habitat natural. Se isso acontece é porque tem alguma coisa errada”, declara o veterinário Marco Tullio.
Segundo o especialista, o surto de uma doença entre animais chama-se “episotíase” e é um alerta para a população de que uma epidemia daquela enfermidade pode vir a atingir seres humanos. “A episotíase é uma doença que ataca uma certa espécie de animal, causa muitas mortes e serve de parâmetro para a espécie humana. Os próprios macacos estão ajudando o ser humano, porque quando começam a morrer, o ser humano pega os macacos mortos, faz exame e confirma a febre amarela. Então, se o macaco morreu de febre amarela, o ser humano já tem um aviso de que alguma epidemia está por vir”, comenta.
Ele ainda alerta para a necessidade de informar que os macacos não são transmissores da febre amarela para humanos. “A transmissão de febre amarela do macaco para a pessoa não existe. O que acontece é que o macaco é picado pelo mosquito aedes aegypti e e infectado com a doença, o ser humano entra no habitat natural do macaco e é picado e infectado também. Depois vem para a cidade, é picado novamente e assim vai. O macaco não tem culpa nenhuma nessa história, por isso não se deve maltratar ou judiar desses animais”, finaliza.