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Jovem alega que implorou para que adolescente não provocasse as chamas (foto: Polícia Civil)

Um dos presos por conta do incêndio no complexo Santa Cruz afirmou à imprensa, na manhã desta sexta-feira (26), que chegou a implorar para que o amigo que não colocasse fogo no local. Jonas Aparecido Alves, de 18 anos, alega que não participou do crime, que ocorreu em 17 de julho do ano passado, apesar de admitir que estava no local. Ele nega que tenha colaborado com o incêndio do Recanto Japonês, que aconteceu em 28 de agosto de 2016, mas é suspeito dos dois crimes, segundo a Polícia Civil.

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Jonas foi preso ao lado de outro maior de idade por força de um mandado de prisão, após as investigações apontarem seus envolvimentos em crimes contra o patrimônio público. A Polícia Civil ainda apura a participação dos dois rapazes, bem como de dois menores conduzidos a delegacia. Jonas garante que só estava presente no Complexo Santa Cruz e conta sua versão.

“Eu estava junto, disse tudo o que tinha para falar, não tenho nada a ver com isso, eu só estava no dia, mas não fiz nada. Eu me considero inocente, mesmo estando lá. A única coisa que fiz…”, para depois de se mostrar nervoso com a situação e com a quantidade de profissionais de imprensa.

Em seguida, o suspeito se acalma e voltar a contar como tudo aconteceu. Segundo ele, quatro pessoas invadiram o prédio abandonado a fim de observar, mas as coisas saíram do controle. “Eu implorei para meu amigo, que já não o considero mais assim, para que ele parasse, mas ele colocou fogo e já era. Quando o prédio já estava em chamas, nós tentamos apagar o fogo, mas já tinha muita fumaça e não dava mais para ficar lá dentro. Eu fiquei com falta de ar”, explica.

O rapaz ainda afirma que seu colega, um adolescente de 16 anos, responsável pelos danos, tem problemas mentais e também teria quebrado algumas coisas“Eu falei ‘para com isso que vai dar b.o.’ e ele continuava. Foi quando decidi sair e ele já começou a colocar o fogo. Saímos correndo e quando chegamos lá fora o prédio já estava em chamas”, alega.

Quando questionado se não tentou amenizar os danos, se acionou os bombeiros e mesmo se pensou em se entregar, Jonas diz que não. Ele diz que estava muito nervoso e teve medo.