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O homem de 61 anos que foi atingido por um disparo de arma de fogo durante uma manifestação antidemocrática em Poços de Caldas, no domingo (8), disse que agiu para evitar que fosse incriminado. Ele contou para a polícia que alugou uma garagem para abrigar os manifestantes nas proximidades do Tiro de Guerra e pediu que eles deixassem o local após ver na TV que os envolvidos nos atos ocorridos ontem seriam considerados terrorista.

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Ele disse que estava alugando uma garagem e um banheiro, que ficam na parte externa de sua casa. Explicou ainda que chamou sua ex-mulher, que também é advogada, e foi até o local solicitar que o grupo deixasse o imóvel.

Ele afirma que fez contato com a locatária, explicando a situação, mas ela se negou a sair, dizendo que permaneceria até o fim do contrato. Em seguida, foi até sua casa, buscou uma espingarda que recebeu de herança do avô e retornou ao local. Neste momento, o militar teria sacado a arma e atirado em sua mão.

O homem foi levado para a Santa Casa, onde o médico constatou uma fratura no quarto metacarpo na falante média e presença de estilhaços com corte contuso no dedo da mão direita.

Versão do policial

O policial aposentado responsável pelo disparo também deu sua versão aos colegas. Ele contou que sua esposa alugou o local há cerca de dois meses e que o proprietário exigiu a saída imediata durante o domingo. Mesmo assim, a decisão dos manifestantes teria sido de ficar até o final do contrato.

O militar conta que, quando o homem retornou armado, sacou sua arma e se apresentou. Neste momento, o locador teria engatilhado a arma, o que teria motivado o disparo.

Apreensão

No local a policia efetuou a prisão dos envolvidos e apreendeu cinco armas de fogo: a do policial, devidamente registrada, usada na ação, e quatro pertencentes ao homem ferido, sendo uma espingarda, duas armas de chumbinho e uma Beretta.