Fábio Cristiano Cardoso e Pedro Henrique Grimaldi vão a júri popular, nesta terça-feira (14), acusados de participar do homicídio de Álvaro Luís Pinheiro, de 37 anos, paciente de uma clínica de reabilitação. O crime aconteceu em março de 2018, no bairro Chácara Santa Bárbara, em Poços de Caldas. Eles seriam os responsáveis por conduzir a vítima compulsoriamente até a clínica onde o crime aconteceu.
Outros acusados no processo foram absolvidos e o julgamento dos réus foi desmembrado. Os dois ex-funcionários da clínica são acusados de homicídio qualificado, por terem dificultado a defesa da vítima, e por cárcere privado.
A defesa da dupla é feita pelo defensor púbico Adhemar Della Torre Netto e a acusação do Ministério Público pelo promotor Wagner Iemini de Carvalho.
Relembre o caso
Investigações da Polícia Civil na época apontaram que no dia 17 de março a vítima foi levada para a clínica após ter uma recaída, uma semana após ter sido desligada da clínica. Uma hora após chegar no estabelecimento, Álvaro foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Poços de Caldas, onde já deu entrada sem vida. Segundo o laudo da necropsia realizada, Álvaro apresentava sinais de violência física que o levou à morte. A PCMG iniciou as investigações que revelaram a dinâmica dos fatos.
O interno teria sido buscado em casa pelo monitor da clínica e dois funcionários, Fábio e Pedro. Durante a investigação, apurou-se que Álvaro, ao chegar à clínica, teria sido espancado e dopado. As investigações ainda revelaram que frequentemente os internos eram espancados e dopados como medida de castigo.
No dia 25 de maio de 2022, a Justiça absolveu dois suspeitos pela agressão e morte de Álvaro, o dono da clínica e um funcionário por negativa de autoria e por ausência de materialidade.