Publicidade

Os corpos identificados dos mortos durante a Operação novo Cangaço, em Varginha, estão sendo liberados para o sepultamento. Até o momento, 19 dos 26 corpos foram identificados no Instituto Médico Legal Dr. André Roquette, em Belo Horizonte.

Publicidade

Investigação

As investigações sobre a atuação da quadrilha seguem em paralelo à apuração da ação policial. Um dos questionamentos é da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), encabeçada pela deputada Andréia de Jesus (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos. Para ela, é importante ficar provado que matar era a “única forma de apreender as armas”.

“Por que não foi possível evitar as mortes? Qual é a avaliação feita no momento da operação de que a única forma de apreender as armas era matando as pessoas que estavam ali naquele lugar?”, questionou a deputada.

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais também oficiou o Ministério Público, a Ouvidoria de Polícia e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) sobre a ação policial. “O registro midiático de declarações exaltadas de agentes públicos louvando o ‘resultado’ da operação, com intuito duvidoso, como se fosse prática exitosa, regular e legítima no Estado Democrático de Direito suposta estratégia de eliminação de adversários em confrontos”, alega o conselho.

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que “os policiais atuaram no estrito cumprimento do dever legal, utilizando a força necessária para repelir injusta agressão e manter a ordem pública e a incolumidade das pessoas, evitando a atuação de uma quadrilha, que pelo poderio bélico encontrado poderia instaurar o caos na região, inclusive colocando a vida de cidadãos de bem em risco”.

A Polícia Militar disse que “instaurou um Inquérito Policial Militar” para apurar a dinâmica dos fatos. O Ministério Público também já se manifestou sobre o caso e inclusive designou o procurador André Ubaldino e os promotores Paula Ayres, Francisco Assis e Igor Serrano para trabalharem no caso junto à promotora de Justiça Elaine Claro.

Confira a lista dos identificados

  1. Artur Fernando Ferreira Rodrigues, 27 anos, Uberaba (MG) – liberado;
  2. Dirceu Martins Netto, 24 anos, Rio Verde (GO) – liberado;
  3. Eduardo Pereira Alves, 42 anos, Brasília (DF) – liberado;
  4. Evando José Pimenta Junior, 37 anos, Uberlândia (MG)- liberado;
  5. Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, Porto Velho (RO) – liberado;
  6. Gilberto de Jesus Dias, 29 anos, Uberlândia (MG) – liberado;
  7. Giuliano Silva Lopes, 32 anos, Uberlândia (MG) – liberado;
  8. Gleisson Fernando da Silva Morais, 36 anos, Uberaba (MG) – liberado;
  9. Isaque Xavier Ribeiro, 37 anos, Gama (DF);
  10. Itallo Dias Alves, 25 anos, Uberaba (MG) – liberado;
  11. José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, 37 anos, Caxias (MA) – liberado;
  12. José Rodrigo Dama Alves, 33 anos, Uberlândia (MG) – liberado;
  13. Julio Cesar de Lira, 36 anos, Santos (SP) – liberado;
  14. Nunis Azevedo Nascimento, 33 anos, Novo Aripuanã (AM) – liberado;
  15. Raphael Gonzaga Silva, 27 anos, Uberlândia (MG) – liberado;
  16. Ricardo Gomes de Freitas, 34 anos, Uberlândia (MG) – liberado;
  17. Romerito Araujo Martins, 35 anos, Goiânia (GO);
  18. Thalles Augusto Silva, 32 anos, Uberaba (MG) – liberado;
  19. Zaqueu Xavier Ribeiro, 40 anos, Goiânia (GO).