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O diretor do Departamento Municipal de Água e Esgosto (DMAE), Paulo Cesar Silva, registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira (6) contra uma servidora, após ela confessar desvio de verbas públicas. A servidora teria admitido o crime e informado que tirou do departamento R$ 702 mil no último ano. No entanto, o valor subtraído seria de R$ 1,5 milhão, de acordo com levantamento realizado pelo DMAE.

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No registro feito pela PM, a informação é de que a servidora mora com uma tia que teria Mal de Alzheimer. Segundo a servidora, no ano passado a situação financeira ficou complicada e ela se aproveitou da função na tesouraria do departamento para desviar recursos. O dinheiro desviado seria usado para pagar o tratamento da tia, que morreu em junho deste ano, além de despesas com compras e viagens, entre outras.

Ainda de acordo com a acusada, o crime era cometido da seguinte forma: ela pegava cheques da empresa, que deveriam ser destinados a fornecedores, e colhia uma segunda assinatura com seus colegas, já que todos os cheques precisam estar assinados por dois servidores. Para disfarçar a fraude, ela costumava entregar muitos documentos e cheques ao mesmo tempo. Inclusive anexava documentos aos cheques, para dar credibilidade.

Com os cheques em mãos, a servidora pedia a uma estagiária para ir ao banco, descontar e entregar o dinheiro. A servidora afirmou que, em alguns casos, chegava a cometer o crime duas vezes na semana e que o valor médio semanal seria de R$ 8 mil. No total, ela admite ter subtraído cerca de R$ 792 mil.

Uma supervisora da tesouraria contou à polícia que começou a desconfiar da situação, em especial porque atualmente muitos pagamentos são feitos de forma eletrônica. Pesquisas no sistema teriam mostrado falta de dados e documentos. A supervisora acionou outros funcionários do setor, constatando a diferença financeira. Ao ser confrontada, a suspeita chamou seus superiores e confessou o crime.

Segundo o diretor do DMAE, a servidora foi suspensa. “Com a confirmação todas as providências já foram tomadas, ou seja, chamamos a servidora para conversar, ela confirmou o desvio; acionamos a polícia, registramos o boletim de ocorrência, suspendemos a servidora através de um ato da diretoria e constituímos uma comissão para instaurar uma sindicância e apurar o valor desviado”, explicou.

O boletim de ocorrência foi encaminhado à Polícia Civil e um inquérito policial foi instaurado. O nome da suspeita não foi divulgado.