Marcos Francisco Pedrilho e Carlos Henrique Ramos, conhecido como Buiú, estão participando nesta quarta-feira (13) de um júri popular que vai decidir se eles são ou não culpados pela morte de Aline Rosa da Silva, de 30 anos e a filha dela, Tammy Caroline da Silva, de 3 anos em junho de 2015, em um suposto ritual de magia. Os dois foram presos e aguardavam a decisão no presídio de Poços de Caldas.
Na acusação promovida pelo Ministério Público, que levou em consideração as provas produzidas no inquérito policial, Pedrilho e Ramos, vulgo “Buiú”, se uniram para matar Aline, então companheira de Pedrilho e enteada de Buiu, e a pequena Tammy, sendo o primeiro o responsável por asfixiá-las.
Pedrilho acabou confessando horas depois do crime e segue com a mesma versão na justiça. Segundo ele, o dia do crime é dia do aniversário de Buiú, com quem mantinha um relacionamento às escondidas há oito meses e o acusado quis presenteá-lo. Assim, quando Aline chegou em casa teve início uma discussão e Pedrilho agarrou a vítima por trás aplicando-lhe um mata-leão.
Tammy dormia e quando ele percebeu que a menina acordaria, fez a mesma coisa com ela. Após isso, ele arrumou os corpos no quarto, cobriu as duas e colocou um pano na boca das vítimas para que “o espírito não saísse do corpo”.
Já Buiu negou o crime na justiça e qualquer relacionamento amoroso com Pedrilho. Ele disse que estava sem a orientação de um advogado na delegacia e por isso disse algumas coisas e depois voltou atrás. Entre negou que tinha um espaço para a prática de candomblé, dizendo ser apenas kardecista e que não é pai de santo. Ele também negou que tenha instigado Pedrilho a ser livrar de mãe e filha para que pudessem fugir.
A sessão é presidida pelo juiz Robson Luiz Rosa Lima.