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Após dois dias de julgamento, a sentença do Caso Andréa foi definida por volta das 23h desta sexta-feira (1º). O empresário João Batista dos Reis, conhecido como “João do Papelão” e considerado o mandante do crime, foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado, mas vai recorrer em liberdade.

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Os outros envolvidos no crime também foram condenados, com exceção de Liliane Gonçalves da Silva, que foi absolvida. Márcio da Silva Santos, o “Negão”, a 14 anos, Luciano Monteiro Santos, o “Galego”, a 12 anos e seis meses, e Edmilson Martins de Souza, o “paulista”, a 18 anos.

Após a leitura da sentença, pelo juiz Robson Luiz Rosa Lima, a irmã da vítima, Rosalina Araújo Almeida, disse que o resultado ocorreu como esperado. “Está dentro da nossa expectativa. Eu acho eu a justiça é perfeita, agora vamos ver os próximos passos. Não vamos parar por aqui não, vamos continuar tentando na justiça”.

O caso

A funcionária pública Andréa Araújo de Almeida, de 34 anos, foi encontrada morta em janeiro de 2014, dias após ter sido sequestrada na porta do trabalho. A morte teria sido encomendada pelo empresário “João do Papelão”, ex-companheiro da vítima. Pelo crime, o homem teria prometido o pagamento de R$ 50 mil.

De acordo com as apurações da Polícia Civil, Andréa teria sido abordada por dois dos seus executores no início da noite de 15 de janeiro, quando seguia em seu carro pela rua Bolívia, bairro Jardim Quisisana, a caminho de casa. Na ocasião, ela conversava com a irmã ao telefone, que chegou a ouvir a voz dos autores, que diziam: “Para o carro, isso é um sequestro. Você vem com a gente!”.

O veículo foi abandonado no local da abordagem. O celular e a bolsa de Andréa foram localizados em uma plantação, alguns dias depois. No dia 23 de janeiro, um crânio e parte de uma ossada humana foram encontrados em meio a um cafezal localizado distrito de Palmeiral, município de Botelhos, a cerca de dois quilômetros da área onde o celular e a bolsa da vítima foram achados.

O material foi recolhido pela perícia e encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) e ao Instituto de Criminalística, em Belo Horizonte, para a realização de exames de DNA, confirmando que a ossada era da funcionária pública.