A Polícia Civil cumpriu, na última terça-feira (4), três mandados de prisão contra suspeitos de vários furtos em Poços de Caldas, entre eles de uma padaria furtada duas vezes em pouco mais de 24 horas. Com a identificação e prisão deles, acredita-se que pelo menos dez inquéritos de furtos sejam solucionados. Dois dos suspeitos já estavam no presídio, acusados de roubo.
As investigações da 3ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) tiveram início nos primeiros meses do ano, após vários registros de furtos na área central. “Identificamos que um conjunto de autores teria praticado vários furtos seguidos a uma mesma padaria. Com o circuito interno de câmeras deste estabelecimento, conseguimos identificar três dos envolvidos e pedimos pela prisão preventiva de todos”, explica o delegado Cleyson Rodrigo Brene.
Com a Operação Breakfast montada, foi dado cumprimento aos mandados de prisão preventiva em desfavor de Jeferson Contiere Soares, de 29 anos, o único que ainda estava em liberdade, Bruno Rosalin Campos, de 27, e Jonathan de Oliveira Toledo, de 22, que já estavam no presídio.
Segundo Brene, o trio pode ter recebido ajuda de outras pessoas, que foram identificadas praticando os crimes na companhia dos suspeitos. “Esses crimes eram praticados, às vezes em duplas, havendo uma alternância nos autores, e às vezes com outros autores. Esses três estão identificados, alguns já confessaram, solucionando cinco crimes, mas as investigações apontam dez furtos praticados por esses autores”, relata.
Os objetos de furtos eram diversos. Na padaria, por exemplo, os suspeitos chegaram a furtar mil reais em um dia, e, no outro mercadorias diversas. Há também imagens em que trio aparece durante o furto em um supermercado.
Todos os suspeitos tinham passagens por crimes patrimoniais. Eles serão indiciados por furto qualificado.
Na Delegacia, Jeferson foi o único que quis dar entrevista à imprensa. Ele disse que realmente praticou cinco furtos para poder usar drogas e alegou ainda que estava internado numa clínica de reabilitação, pouco antes de ser encontrado pela polícia. “Sou usuário de crack tem cinco anos, nunca precisei roubar, eu tenho uma boa profissão, sou torneiro mecânico, só que depois da droga eu perdi a cabeça e fiz esses furtos”, explicou. “Fiquei sem dinheiro e, para manter o vício, entrei nessa vida, mas pretendo sair”, acrescentou.
Jonathan e Bruno se negaram a falar. Jonathan afirmou que já confessou os furtos à polícia e alegou que também é usuário de drogas.
Atuaram no caso, junto ao delegado, os investigadores Sinval, Nicole, Filipe, Clayton e o escrivão Paulo Emílio.