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Equipamentos foram recuperados e restituídos (foto: Polícia Civil).

Um universitário de 24 anos foi identificado como autor de um furto ocorrido na PUC Poços de Caldas em 11 de maio. A Operação que chegou até o rapaz foi batizada de ‘Santo de Casa’ em razão do autor do delito estudar na instituição. A Polícia Civil garante que o crime foi premeditado.

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De acordo com o delegado, Cleyson Rodrigo Brene, a universidade registrou um boletim de ocorrência relatando o furto ocorrido no laboratório de informática e na sequência apresentou à delegacia imagens do circuito interno de câmeras, com o objetivo de buscar elementos e provas para a solução do crime. “A partir dessas imagens, que não registram o interior do laboratório e das salas de aula, passamos a focalizar em áreas comuns e identificamos um aluno na cantina, estudante do sétimo período de administração, com atitudes suspeitas”, explica o delegado.

As suspeitas sobre William Batista de Carvalho , 24 anos, foram levantadas pela mochila que ele usava. Antes do furto ela aparece sem conteúdo e, em seguida, pesada.

As imagens foram apresentadas ao setor de segurança da PUC, que identificou o suspeito e a partir disso seu endereço e local de trabalho. Nesta semana, a equipe esteve em uma padaria da área central, onde o autor trabalha, e em seguida na casa dele. O suspeito confessou o crime, mas também a recuperação do material furtado, que já estava com outra pessoa.

Brene explica que algumas investigações ainda serão feitas até a conclusão do caso.

“Ele confessou o crime e afirmou que vendeu para um colega de trabalho. Nós nos deslocamos até a casa deste colega, que nos entregou o equipamento. Ainda na residência do universitário localizamos um retroprojetor, também da PUC, que ele alega ter sido emprestado a ele por uma professora. Essa informação ainda está sendo confirmada”, esclarece Brene.

Para a Polícia Civil, tudo indica que o crime tenha sido encomendado e planejado. Brene diz que em depoimento Carvalho diz que planejou o crime para atender a solicitação do colega na compra de uma CPU. “Ele analisou a inexistência de câmeras de segurança no laboratório, percebeu o horário de menor movimento, que era o horário do almoço, além de ter levado um alicate de corte, para cortar os cabos que seguravam as máquinas”.

Fios foram cortados com alicate de corte (foto: Polícia Civil).

Ainda de acordo com o delegado, o equipamento furtado é avaliado em mais de R$ 3 mil e foi vendido por R$ 500, um valor muito aquém do praticado no mercado. Com isso a polícia trabalha agora para saber se o homem que comprou o equipamento tinha ciência da sua ilicitude. “Ao final do inquérito ele poderá responder por receptação dolosa ou culposa”, esclarece.

Já Carvalho vai permanecer em liberdade, por não estar em situação de flagrante, e vai responder por furto qualificado, em razão do rompimento de obstáculo, já comprovado pela perícia.

Mais uma vez a Polícia Civil apura um crime, envolvendo universitários, de classe média, que pratica um crime sem um fim justificável. “Ele é universitário, não tem passagens policiais e trabalha”, pontua.

A equipe que atuou no caso, junto ao delegado, é formada pelo escrivão Paulo Emílio e os investigadores Sinval, Cleyton, Nicole e Felipe.