A mudança da sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), do Centro para a Zona Oeste, representa demora de 26 minutos, em média, durante horários de pico, no deslocamento para as zonas Leste e Oeste. A informação é resultado de um estudo feito pelo Corpo de Bombeiros, em 2014. Apesar disso, o prefeito Sérgio Azevedo e o secretário municipal de Saúde, Carlos Mosconi, garantem que o atendimento não será prejudicado.
Em entrevista coletiva realizada na quarta-feira (12), Sérgio explicou que a mudança foi uma determinação do Ministério da Saúde. Ele ainda disse que pretende ter pontos base em outras localidades, mas não informou quando. “Fomos notificados pelo Ministério da Saúde que o SAMU não poderia continuar naquele local porque era inadequado. Fomos em busca de um local que atendesse às regras e o local escolhido vai atender a isso e não temos custo nenhum. Poderíamos escolher um outro local, que gerasse custos, então procuramos otimizar isso. A gente procura atender a todos, mas algumas reclamações são pontuais, essas são difíceis de atender pra que não se tenha milhares de regras para atender todo mundo. Nunca você vai satisfazer, sempre alguém vai reclamar. Nossa intenção nunca foi atrapalhar o atendimento, pelo contrário. O atendimento vai melhorar”, argumenta.
Após a questão ser debatida com o prefeito, o secretário de Saúde, Carlos Mosconi, convidou a imprensa para uma entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (13). Apesar de Sérgio ter garantido a criação do posto avançado, Mosconi disse que essa medida só será tomada em caso de real necessidade. “Não temos um espaço nas zonas Leste e Sul, nem sei se teria um como o atual para alugar. Então, não basta querer. Tem que se ter um local e talvez fosse o ideal, mas não temos um. Não afasto de maneira alguma a possibilidade de ter uma unidade lá, se for necessário. Se não precisar, não vamos ter”, pontua o secretário.
Auditorias
Mosconi ainda informa que o Ministério da Saúde realizou três auditorias, a mais recente no segundo semestre do ano passado. Em todas as ocasiões foram apontadas irregularidades, como a falta de um local para desinfecção das viaturas. Em outras cidades, como Belo Horizonte (MG), a limpeza acontece nas próprias unidades de saúde que recebem os pacientes, mas essa possibilidade foi descartada pelo secretário. “O correto é fazer na sede. Chegou, vai limpar e pronto. Fazer na unidade é difícil, tem que ter equipamentos e pessoal, isso é impossível, não tem como fazer”, relata.
Tempo de deslocamento
O SAMU agora fica ao lado do Corpo de Bombeiros, em uma sede cedida pelo DME no bairro Country Club. O local já causa prejuízos aos militares, que fizeram um estudo do tempo de deslocamento em 2014.
Os dados mostram que, com partida do quartel, a chegada a pontos extremos das zonas Leste e Sul pode passar de 26 minutos em horários de pico. Nesses primeiros dias, o tempo de deslocamento está sendo cronometrado para verificar se a população será afetada. Segundo Mosconi, por enquanto não foi detectado risco de diminuição da sobrevida dos pacientes.