Os detentos de Poços de Caldas iniciaram, nesta terça-feira (24), um movimento de ‘solidariedade’ ao crime organizado. Para isso eles estão abrindo mão de alguns direitos, entre eles o banho de sol e atendimentos especializados.
A informação do protesto por parte dos detentos foi confirmada pela direção da unidade. Segundo eles, este tipo de greve já aconteceu no ano passado em várias unidades mineiras, quando Poços de Caldas não aderiu, porém este ano os presos comunicaram à direção que todos os recolhidos na unidade devem permanecer sem o banho de sol e os atendimentos especializados, ou seja, psicológico, de enfermagem, jurídico, odontológico e outros, por três dias.
Esse protesto se dá em razão das ultimas noticiais que envolvem confrontos entre facções criminosas rivais em unidades penitenciárias, mas especialmente pela transferência de presos do Primeiro Comando da Capital (PCC) dos presídios estaduais de São Paulo para federais.
A unidade de Poços informou ainda que a presença de integrantes desta facção em Minas Gerais é bastante representativa e que há, inclusive, membros ou simpatizantes detidos no presídio de Poços de Caldas, motivando assim o protesto. A direção esclarece ainda que tal medida em nada prejudica o bom andamento do presídio e que não há transtornos, pelo contrário, ao deixarem de sair das celas os presos possibilitam que os agentes não precisem os escoltar e os movimentar. Além disso, eles estão abrindo mão de direitos e não confrontando suas obrigações frente às regras do local.
Os detentos só estão deixando as celas para ir ao Fórum ou por atendimentos de urgência de saúde.