Uma criança de sete anos, desaparecida em 2014, foi localizada em Caldas (MG). Segundo a Polícia Militar, foi por meio de uma conta de energia elétrica que ela foi reconhecida por um amiguinho.
A PM foi acionada pelo Conselho Tutelar de Caldas, que havia sido procurado por uma moradora da cidade, relatando que seu filho havia reconhecido um colega dele através de uma foto impressa na conta de energia elétrica da família. A mãe do garoto também achou que se tratava da criança em questão e procurou o conselho.
Com base nas informações a PM foi até a casa da família e constatou que realmente se tratava do garoto desaparecido em novembro de 2014, da cidade de Pitangui (MG). Foi descoberto ainda que a mãe do garoto o tirou da cidade e ainda adulterou sua certidão de nascimento para que não fosse localizado.
A mãe e o padrasto dele foram encaminhados à delegacia de Poços de Caldas. Além das questões envolvendo a criança e a adulteração do documento público a mãe ainda responde por tentativa de homicídio, processo no qual havia um mandado de prisão em aberto. Logo após prestar depoimento a mulher foi encaminhada para o presídio e deve ser transferida para Pitangui. Já o padrasto foi liberado.
A criança ficou com os familiares do padastro até uma decisão judicial.
Desaparecimento
O caso de desaparecimento foi registrado em novembro de 2014 quando a criança deixou de frequentar as atividades escolares em Pitangui. Sem saber o paradeiro do filho o pai acionou a polícia, que esteve na casa onde ele residia, mas não encontrou ninguém, nem mesmo os pertences da família.
Desde então o menino vinha sendo procurado como desaparecido, embora os indícios levassem a crer que ele estava com a mãe, com quem sempre viveu.
De acordo com o relato do pai, as disputas pela criança sempre aconteceram e a tentativa de homicídio foi o estopim para o desaparecimento. O pai garante que foi atraído para uma emboscada, pela mãe do garoto, e quando chegou para buscá-lo, conforme ela havia solicitado, foi alvejado por um motoqueiro na porta da casa deles. Ele ficou com quatro balas alojadas, duas no pulmão, uma no estômago e outra na cabeça, e foi internado no CTI. Quando saiu do hospital, não encontrou o filho.
Há informações não confirmadas de que o Conselho Tutelar de Pitangui havia autorizado que a mãe deixasse a cidade com a criança até que a justiça decidisse a guarda.