O Centro de Controle de Zoonoses do município tem passado por reformulações que visam desenvolver um melhor trabalho para a vigilância e controle das zoonoses. “Os animais doentes podem transmitir diversas zoonoses, que são doenças transmitidas de animais para seres humanos e que podem colocar em risco a saúde da população”, informa Soraia Ribeiro Chiste, diretora do Departamento de Saúde Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde.
Ela destaca que apenas estes animais devem ser responsabilidade do CCZ. “Animais sadios não são recebidos no local e nem recolhidos pela carrocinha. Estes devem ser cuidados por seus proprietários. No caso de não terem dono é importante a atuação das diversas associações de proteção animal que o município dispõe”.
Hoje, no CCZ, existem 170 animais, a maioria cachorros. Estes, ao chegar ao local, são tratados, recebem medicamentos e são separados por sexo nos canis, onde aguardam por uma possível adoção. Porém, alguns já estão no local há dois anos. No CCZ existem também dez gatos e dois cavalos.
São recebidas cerca de 90 solicitações/ mês . Destas, 90% são solucionadas, pois muitas requerem apenas esclarecimentos e orientações. São atendidas todas as solicitações de apreensão de cadelas no cio, animais bravios ou doentes. Foram apreendidos, no primeiro trimestre de 2013, 128 animais.
A atual responsável técnica pelo CCZ , veterinária Sheila Patresi dos Santos, destaca o incentivo à posse responsável para diminuir os casos de animais soltos nas ruas. O abandono de animais é crime previsto na Lei 9.605, do governo federal. “O trabalho que estamos fazendo é de conscientização sobre a posse responsável e o perigo dos cães semi-domiciliados, que saem de casa e passam horas fora, na rua, podendo se acidentar ou serem vítimas de maus tratos ou adquirirem outras doenças e até mesmo virem a óbito”.
CCZ
A lei estadual 13.317 de 24/09/99 define no capitulo III, no seu artigo 35, que o Serviço de Controle de Zoonoses no estado de Minas Gerais será estruturado segundo os princípios do SUS e obedecerá às seguintes diretrizes:
1. Definição e utilização dos critérios epidemiológicos para a organização dos serviços de controle e diagnóstico de zoonoses;
2. Desenvolvimento de combate e controle dos vetores, animais reservatórios e sinantrópicos e dos agravos à saúde, de forma integrada com a vigilância epidemiológica, de saneamento, meio ambiente, educação, comunicação social e saúde do trabalhador ressaltando o caráter de complementaridade do combate químico.
Levando em consideração as diretrizes do SUS para a organização do CCZ, a Vigilância Ambiental está elaborando um protocolo para a estruturação da vigilância às zoonoses.
Fonte: ACS Prefeitura Municipal de Poços de Caldas