
Uma organização criminosa envolvida no contrabando de migrantes foi desarticulada nesta quarta-feira (4), em São Paulo (SP), pela Polícia Federal (PF). A Operação Paradise contou com o apoio de agências internacionais dos Estados Unidos e da Comunidade Policial das Américas (Ameripol). O resultado da ação demonstra na prática a importância da cooperação internacional no enfrentamento ao crime transnacional.
Turcos
Houve cumprimento de um mandado de prisão e um mandado de busca e apreensão, com expedição pela 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A investigação iniciou a partir da análise de inteligência da Polícia Federal, que identificou anomalias no fluxo migratório de pessoas de nacionalidade turca. Elas estariam utilizando o território brasileiro como rota de passagem para a entrada ilegal de pessoas nos Estados Unidos.
O contrabando de migrantes é um crime contra o Estado. Geralmente, ocorre quando um grupo de contrabandistas (os chamados coiotes) se organiza para facilitar a entrada ilegal de pessoas em outro país em troca de vantagens financeiras. Apesar da vontade inicial do migrante, muitas vezes ele se submete a situações extremamente degradantes para conseguir acessar clandestinamente outras nações.
No caso da Operação Paradise, as apurações apontaram que um suspeito, também de origem turca e residente no bairro Paraisópolis, na capital paulista, estaria dando suporte logístico e promovendo a saída dos migrantes para países da América Central. De lá, as vítimas seguiam para o México e, então, cruzavam ilegalmente a fronteira com os Estados Unidos.
“O contrabando de migrantes compromete direitos, explora vulnerabilidades e envolve redes criminosas transnacionais. O Governo Federal tem atuado de forma firme e coordenada para romper esses esquemas e proteger vidas. A cooperação internacional foi, portanto, essencial para o sucesso da Operação Paradise”, afirma a coordenadora-geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, do MJSP, Marina Bernardes.
Desse modo, a operação contou com apoio da Ameripol e das agências norte-americanas U.S. Customs and Border Protection (CBP) e Homeland Security Investigations (HSI), que informaram à Polícia Federal que todas as pessoas contrabandeadas já foram detidas em solo americano.
(Fonte: Agência Gov)