A Gardênia, empresa de transporte de passageiros por ônibus, anunciou nesta segunda-feira (22) a demissão de 60 funcionários. A medida foi adotada após linhas operadas pela empresa serem suspensas e entregues a outras empresas.
O anúncio da demissão dos funcionários aconteceu em Pouso Alegre em uma reunião com os funcionários. Eles foram informados que em razão da retirada das linhas, mesmo que de forma temporária, a empresa está sem a entrada de capital e não há como manter todos. Além disso, as demissões vão fazer parte do processo de reestruturação da empresa.
Os funcionários demitidos operavam em Pouso Alegre, Poços de Caldas e Itajubá. Embora comunicados durante a reunião, eles devem ser oficiados do desligamento até o fim da semana.
Fiscalização
A Gardênia foi afastada da prestação de serviço após fiscalizações da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).
Os trabalhos iniciados em abril, na operação Ponto Final, apura irregularidades no funcionamento de linhas intermunicipais. Aproximadamente 30 veículos foram retirados de circulação. Segundo a Seinfra, eles não tinham condições adequadas de operação e de manutenção.
Retomada
As sanções impostas pela operação são temporárias, assim a Gardênia tem a oportunidade de retomar a operação, bastando para isso a melhoria da frota. Porém, caso ela não atenda as medidas, o Governo do Estado vai avaliar a possibilidade de acabar com os contratos da empresa.
Interessada em se manter na operação, a Gardênia pretende apresentar, ainda nesta semana, um plano para retomada de parte das linhas. Ou seja, seria de uma retomada gradativa. Para isso, os veículos estão sendo avaliados, readequados e, em alguns casos, substituídos.
