A professora de matemática Elizângela Aparecida dos Anjos abre um grande sorriso quando fala do projeto de neuroeducação desenvolvido pelo Colégio Nini Mourão, em parceria com o Método Supera Poços de Caldas.
O projeto começou em fevereiro, com os alunos do nono ano, e já mostra resultados valiosos. A concentração e o raciocínio lógico dos estudantes cresceram e até mesmo os alunos com déficit de atenção ou dificuldade de aprendizado estão se destacando nas aulas.
Apesar de todo o avanço na questão intelectual, o que deixa a professora de matemática mais satisfeita é a mudança no comportamento dos adolescentes. Com os jogos propostos pelo método, eles aprenderam na prática o significado da tolerância. “Eles melhoraram o comportamento, concentração, as atividades rendem mais e nas provas eles estão tendo melhores resultados. Mas o que mais me deixa mais feliz é a união entre eles e um tolerar o outro, conseguir entender o outro, jogar junto, brincar junto e aprender ao mesmo tempo”.
Neuroeducação
Segundo o diretor da unidade Supera na cidade, Luiz Felipe Nora Rosa Vilella, a neuroeducação é a mais avançada ferramenta disponível a favor dos estudantes e consiste na união da ciência, médica e comportamental, com a pedagogia.
As aulas do projeto no Colégio Nini Mourão contam com ferramentas que favorecem as conexões neurais, como o ábaco, jogos de raciocínio e apostilas exclusivas que estimulam a criatividade, estratégias para resolução de desafios e outras habilidades. Conexões que, uma vez fortalecidas, ajudam os alunos tanto na escola quanto nas atividades cotidianas e qualidade de vida.
“O objetivo principal do projeto vai direto ao encontro das necessidades do colégio e dos alunos, garantindo que os estudantes iniciem o Ensino Médio com o raciocínio lógico bem desenvolvido. Assim eles conseguirão colher excelentes resultados no futuro, nos vestibulares e consequentemente na vida profissional”, destaca o diretor do Método Supera em Poços de Caldas.
Expansão
Os resultados comprovados, dentro e fora das salas de aula, deixam a diretora pedagógica do Colégio Nini Mourão, Carolina de Vergennes Nogueira, empolgada com o projeto. A intenção é expandir para outras turmas no próximo ano e preparar melhor os alunos para provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM).
Ela conta que a turma se envolveu muito e desde o início o avanço foi evidente. “É uma turma que a gente já conhece, porque já eram nossos alunos. Eles vinham de um perfil e a gente notou realmente essa mudança. Melhorou o interesse deles nas aulas, em estudar, na leitura dos livros. O professor de português está relatando melhoras, o de ciências, o de história. Eles lêem, analisam o que é importante na questão e procuram um caminho mais rápido e correto para as soluções, então isso que está ajudando em todos os conteúdos. O Supera traz isso de uma maneira muito gostosa de trabalhar, então ajuda no trabalho de todos os professores”, analisa a diretora pedagógica.
Resultados
O estudante Bruno Vinícius Barbosa de Carvalho, de 14 anos, conta que sempre teve dificuldade de concentração, tanto para prestar atenção nas aulas quanto na hora de resolver questões. Agora, o desempenho dele é diferente. “Com o Supera eu me concentro e fixo mais na atividade, não paro de raciocinar e continuo até chegar ao resultado. Aumentou a minha vontade de não desistir da atividade, não pular a questão”.
Os jogos de estratégia, que também fazem parte das aulas e são realizados em grupo, são os preferidos da turma. Além dos benefícios cognitivos,os jogos estimulam o desenvolvimento das habilidades sociais. “É uma coisa mais interativa, quebra aquele negócio da aula padrão. É mais legal, você adquire mais paciência. Às vezes o seu raciocínio não é o mesmo que do outro aluno e você entende mais como o outro pensa, acaba tendo mais paciência”, relata Bruna Lopes Moreira, de 14 anos.
As novas amizades também são importantes para o Marcos Aristides de Souza Magalhães Junior, de 14 anos. “Eu estou achando legal, a gente está conseguindo ficar mais junto na sala, com as pessoas que a gente não conversava tanto. Vou melhor também nas provas, com o raciocínio mais rápido, matemática principalmente”.
Laura Cândido Silva, de 15 anos, lembra que precisava de ajuda na hora de executar os cálculos. Agora, está mais independente. Eu melhorei muito, consigo fazer os cálculos sozinha. Nas provas eu vou muito melhor”.
A aluna Isadora Rodrigues D’Ambrósio,de 14 anos, foi destaque do bimestre na escola e reconhece que as aulas do Supera ajudaram nesse processo. Ela lembra que, quando o projeto começou, a diretora disse que o desempenho escolar dos alunos iria melhorar, assim como o relacionamento entre eles. “Dito feito, porque realmente melhorou. Durante os jogos a gente se relaciona melhor e pessoas com quem eu achava que eu nunca iria jogar eu acabei jogando e foi bem legal”.