25.2 C
Poços de Caldas

- Publicidade -

Pesquisa pioneira une idosos, insetos e educação ambiental em Poços de Caldas

- Publicidade -
Pesquisa pioneira une idosos, insetos e educação ambiental em Poços de Caldas
Foto Arquivo Samantha Martins

Idosas dos Centros de Convivência de Poços de Caldas viram pela primeira vez a estrutura de um bicho-pau em um estereomicroscópio e compartilharam histórias sobre abelhas, formigas e borboletas. A experiência fez parte de uma pesquisa pioneira desenvolvida pela pedagoga Samantha Martins Ferreira, doutoranda em Ciências Ambientais pela Unifal-MG. A ação reuniu insetos, rodas de conversa e uma turma de 87 idosos da cidade para valorizar saberes antigos, promover educação ambiental e transformar percepções sobre essas criaturas.

Observação de insetos

Realizado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Unifal, campus Poços, o estudo teve orientação do professor Ernesto de Oliveira Canedo Júnior. Entre fevereiro e março de 2024, os encontros reuniram grupos dos Cras e da Universidade Aberta para a Maturidade (UEMG). Nas mesas, caixas entomológicas, tablets, câmeras e insetos vivos despertaram curiosidade. “Muitos nunca tinham visto um microscópio de perto. Observar os detalhes dos insetos ampliados foi uma experiência marcante”, conta Samantha.

- Publicidade -

Segundo o professor Ernesto, a palavra “inseto” inicialmente provocava medo e nojo. “No final da pesquisa todos puderam compartilhar seus saberes, mudar percepções negativas. E ainda se tornarem mais sensíveis às questões de conservação ambiental.”

Sabedoria popular

O levantamento registrou 66 etnoespécies citadas pelos idosos, sendo 75% insetos. Abelhas, pernilongos, baratas e borboletas lideraram as lembranças, muitas vezes ligadas a picadas, queimaduras ou mordidas. Os relatos também incluíram receitas caseiras, simpatias e ditos populares transmitidos por gerações.

- Publicidade -

Para Samantha, o envelhecimento da população de Poços de Caldas reforça a importância de valorizar os conhecimentos tradicionais. “Foi a primeira pesquisa que buscou aproximar a educação ambiental dos saberes culturais dos idosos da cidade por meio dos insetos”, afirma.

Os resultados já renderam artigos científicos e inspiraram novos projetos, como o Insectoológico, que leva insetos e práticas lúdicas às escolas. “Os idosos são guardiões dos conhecimentos tradicionais e guias para compreendermos melhor o meio ambiente”, conclui o professor Ernesto.

- Publicidade -

Os interessados podem acessar a dissertação completa de Samantha Martins Ferreira no repositório da Unifal‑MG

Veja também
- Publicidade -
Mais do Poços Já
- Publicidade -
Don`t copy text!