Olá, pessoas! Eu sou a Karol Dias e estarei por aqui pra falar de moda, beleza e estilo.
Mas quem é essa pessoa que aparece aqui pra falar de moda, beleza e estilo?
Pois lhes repondo, eu sou uma mulher com cara de menina, magrela, jornalista, que ama fotos (de tirar e de posar), curiosa, ah e sim, que fez um curso de moda há alguns anos. Mas sou essencialmente uma curiosa mesmo. Essa coluna irá abordar temas variados sobre esses assuntos e geralmente será um texto leve, informal e permeado por humor.
Nesse primeiro texto vou falar de algo que percebi depois que relatei algumas mudanças minhas no meu blog. Eu tenho um blog pessoal no qual coloquei metas pra eu cumprir, e já era preu ter cumprido tudo, mas sabe cumé né… Mas isso não vem ao caso, o que interessa é que nesse blog (se quiser conhecer é só acessar www.antestardedoquecom30.wordpress.com) eu descrevi algumas de minhas mudanças e ó, eu sou uma pessoa que adoooooooora mudar. Mudar o cabelo, o estilo, os hábitos. E sempre que publicava algo relacionado a essas mudanças muitas pessoas vinham me falar “Nossa, como você é corajosa”,“Queria tanto mudar o cabelo, mas tenho medo”, “Meu sonho era ser ruiva, mas não tenho coragem”, e isso me fez refletir: será que sou tão corajosa assim ou grande parte das pessoas é que tem medo demais? E é sobre isso que será esse texto inaugural. Transformações.
Claro que cada um é cada um, personalidades são diferentes e conheço muita gente que gosta de ser do mesmo jeito a vida toda e é super de boa com isso, mas o que me impressiona são aquelas pessoas que têm vontade de mudar e não mudam por medo. E são medos variados, medo de se arrepender, medo do namorado não gostar, medo da mãe reprovar, medo de mudar. E é pra você que tem esses medos que digo: se joga!
Falar é fácil… Já imagino que estejam pensando assim, e por isso respondo, não é fácil não. Eu nem sempre fui bem resolvida com minha aparência, sempre fui muito magra e até me aceitar sofri bastante, me achava a patinha feia da turma, colocava duas ou três calças pra engrossar as pernas, não gostava de ir para piscina ou cachoeira porque, ao contrário das minhas amigas, não tinha curvas e pra piorar tinha muitas estrias. Com o tempo e a idade fui percebendo que as pessoas não deveriam gostar de mim apenas pela minha aparência, deveriam gostar é da minha personalidade, humor e esquisitice, e aí foi aí que me libertei. Quem gosta mesmo de mim, vai gostar por quem SOU e não por como ESTOU.
E foi então que depois de quase 20 anos de cabelão eu passei a tesoura e cortei um chanel com franjinha. Lembro que a primeira reação do meu pai foi: “Ah, mas cortou porque? Mulher bonita tem que ter cabelo cumprido”. Mas eu não liguei, porque estava me achando sim uma mulher bonita com cabelo curtinho. E o amor do meu pai por mim não diminuiu nenhum pouco por conta disso.
Minha mãe sempre detestou tatuagens e me dizia: “Pode pintar o cabelo, mas não chega em casa com o cabelo vermelho hein?!” Adivinha o que aconteceu….
Falando assim pode parecer que quis confrontar minha mãe, mas não. Eu só fiz algo que tinha muita vontade e que apesar dela não aprovar, não a prejudicaria e nem me prejudicaria em nada. Hoje tenho cinco tatuagens, todas pequenas e inofensivas, mas que eu amo e que fazem parte de quem eu sou, e minha mãe continua me amando muito (mas ela ainda diz que se eu chegar com mais alguma vai me ralar no cimento até apagar e aqui um segredinho entre nós, já tenho na cabeça outras duas que logo mais vou fazer, mas ó, shiiiiiu). Dia desses minha mãe me confessou que passava de carro quando viu uma menina com um cabelo muito bonito atravessar a rua, quando ela foi ver a menina era eu, eu ruiva. Ou seja, não se privem de mudar por conta da opinião de outras pessoas. Se seu namorado terminar contigo por conta de um corte de cabelo agradeça por ele ter saído da sua vida, pois ele não gostava de você, gostava no máximo do seu cabelo.
Então não tenham medo, façam o que quiserem fazer. Mudar é sempre bom. Eu já fui loira, morena e agora estou ruiva. Já fui paquita, a ranger rosa e agora sou a Karol Dias. Já fui estudante, jornalista e agora estou vendo que caminho seguir… A vida é uma só e curta demais pra você ter medo de ser o que gostaria.
Meus 30 anos me trouxeram a confiança para ser o que eu quiser e para botar um biquíni e desfilar por aí com minhas pernas finas e meus códigos de barras (é como chamo carinhosamente minhas estrias).
Então você com 15, 25, 30, 42, 50 ou 75 anos que tem medo de mudar, não tenha. Transforme-se! Descubra quantas de você há escondida aí dentro, se surpreenda, não se apegue à aparência. Cabelo cresce, não dependa da aprovação dos outros, encare seus medos, se desafie, encontre sua melhor versão. Eu ainda estou à procura da minha, e acho que sempre estarei…
*Karol Dias é formada em jornalismo pela PUC-Campinas e fez curso de moda com Maria Prata.