Publicidade
Juiz trabalha em mais três casos referentes a transplantes de órgãos.
Juiz trabalha em mais três casos referentes a transplantes de órgãos.

Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (26), o juiz da Primeira Vara Criminal de Poços de Caldas, Narciso Alvarenga, comentou o acórdão do Tribunal de Justiça a respeito do primeiro caso julgado da ‘Máfia dos Órgãos’.

Publicidade

O oftalmologista Alexandre Crispino Zincone,  os urologistas Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e o nefrologista João Alberto Góes Brandão tiveram pena reduzida para cinco anos. Como são réus primários, o cumprimento será em regime semi-aberto. Eles respondem pela retirada ilegal dos órgãos de José Domingos de Carvalho, em 2001.

A pena inicial seria de 11 anos para Zincone e de oito anos para os outros réus. Segundo o juiz, o mais importante é que o acórdão concorda com a existência de uma organização criminosa. “É uma das primeiras decisões de um tribunal reconhecendo o tráfico de órgãos no Brasil”, disse.

Outros casos

Entre os réus, dois estão presos pelo Caso Pavesi. Scafi e Fernandes estão no presídio desde o dia sete deste mês. O anestesista Sérgio Poli Gaspar continua foragido.

O juiz ainda trabalha em outros três casos que fazem parte da possível ‘Máfia dos Órgãos’. A denúncia oferecida pelo Ministério Público, acatada pelo Judiciário,  pressupõe que dois casos são de homicídio qualificado e o outro de retirada ilegal de órgãos.