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Josi Geroldi fala sobre a história do Saci.

“Um dia na minha casa, o fogo da sopa apagou sozinho! Pensei ‘só pode ter sido o vento’, mas quando fui fechar a janela vi a roupa branquinha jogada no chão. Isso é coisa de saci”, começa a contadora de histórias Josiane Geroldi. À sua volta, as crianças que estudam do primeiro ao quinto ano na Escola Municipal Antônio Sérgio Teixeira escutam em silêncio.

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A narradora fala da primeira vez que presenciou as artes do Saci Pererê, um dos personagens mais famosos do folclore brasileiro. Com uma voz potente e uma presença de palco que faz com que todos a observem atentamente do início ao fim, Josi saiu de Chapecó (SC) para contar histórias  em 15 escolas de Poços de Caldas.

Ela faz parte da companhia Conta Causos e diz que falar com as crianças sobre a cultura do país é extremamente importante. “Eu tenho me apresentado em várias regiões do Brasil. Acho que a gente está construindo uma ideia de pertencimento, criando essa ideia de apresentar para as nossas crianças a nossa cultura popular, nosso patrimônio imaterial”, conta.

Crianças tentam ver de perto o Saci preso na garrafa.

Sem apresentar uma descrição exata do personagem folclórico, ela deixa por conta da imaginação da criançada. O projeto faz parte de uma iniciativa do Sesc Minas, que acontece em todas as unidades do estado. “A Contação de Histórias é um projeto que tem a intenção de estimular a imaginação e aproximar as crianças do livro e da leitura”, explica o analista de serviços sociais do Sesc Poços de Caldas, Pedro Cézar Carvalho de Moraes.

Em cerca de 40 minutos Josi encanta as crianças que, ao fim, a aplaudem de pé e pedem para ver o Saci que ela trouxe, preso em uma garrafa com uma rolha na tampa. Todas juram enxergar o menino travesso.