A sessão do júri popular realizada em Poços de Caldas na última quarta-feira (19) terminou uma hora e meia depois de ser iniciada e precisará ser remarcada. Um dos sete jurados sorteados reconheceu um dos réus e não se sentiu à vontade para dar continuidade ao julgamento.
A sessão, presidida pelo juiz Tarcísio Marques, teve início às 9h30. O Conselho de Sentença foi montado e os procedimentos iniciados. O réu Otávio Rodrigues Pedrozo estava presente acompanhado de seus advogados, enquanto Rodrigo de Oliveira Correia Lima não estava no plenário. Ele é considerado foragido da Justiça, mas seus advogados estavam presentes.
A primeira testemunha, uma policial civil que participou das investigações, foi chamada e ouvida. Ao fim da fala dela o jurado pediu para sair, uma vez que conhecia um dos réus e não se sentia confortável ou isento para o julgamento. Assim, foi solicitada a dissolução do conselho, que foi atendida.
A nova data ainda não foi marcada. A defesa de Otávio solicitou a liberdade provisória dele para responder ao processo em liberdade.
A dupla é acusada de homicídio simples e corrupção de menores.
O caso
Na noite de 13 de julho de 2021 a Polícia Militar foi acionada no bairro Santa Rita, após barulhos de tiros terem sido ouvidos na quadra do bairro. Os militares encontraram Tadeu Renato de Jesus deitado na rua, com perfurações por disparos de arma de fogo. Ele chegou a ser encaminhado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Uma testemunha do crime contou que, após o barulho dos tiros, viu os dois réus e um adolescente arrastando o corpo da vítima para fora da quadra.
O suspeito levou os militares até o local onde teria ocorrido o homicídio e lá foram encontradas duas pequenas poças de sangue ao lado de um boné, que seria da vítima. Também havia estojos de munições aparentemente intactos.
Ao investigar o caso a Polícia Civil chegou até os suspeitos e a motivação do crime. Os dois homens apontados como autores seriam os chefes do tráfico na região e estariam punindo a vítima por conta de furtos no bairro.