Estão sendo colocados em liberdade, nesta noite de sexta-feira (1°), cinco investigados da Operação Hydra que estavam presos preventivamente. A revogação das prisões foi deferida pelo juiz da 1ª Vara Criminal após pedido da defesa de um dos réus.
A liberdade provisória foi acatada após a advogada de um dos réus, Karla Feliberto, ter apresentado a petição, em concordância com os também advogados de defesa Marcelo Campos Leite, José Carlos Nobre, Wanderley de Mello, Letícia Lima e outros, para que cinco réus possam responder em liberdade. Afinal, outro suspeito do mesmo crime se encontra nesta situação.
O juiz Tarcísio Marques analisou o pedido e optou pela liberdade provisória mediante medidas cautelares: pagamento de fiança no valor de cinco salários mínimos cada um, comparecimento a todos os atos do processo, manutenção de endereços atualizados e que não fiquem na rua após as 20h, além de não poderem frequentar bares e boates.
Os indiciados podem voltar a ser presos caso prejudiquem o andamento processual, ameacem a ordem pública ou a aplicação da lei.
O caso
Os réus foram presos em fevereiro deste ano dentro dos trabalhos da Operação Hydra desencadeada pela Polícia Civil no combate aos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, em Poços de Caldas.
As investigações apuraram que os criminosos criavam sites falsos para a venda de produtos. Além disso, pagavam impulsionamento nas redes sociais, visando dar maior visibilidade às propagandas para o público alvo.
Os suspeitos criavam sites anunciando a venda de produtos mediante dropshiping (metodologia de venda em que o lojista trabalha sem estoque), afirmando que as encomendas sairiam diretamente de fábricas da China, com destino à casa do consumidor.
O prazo de entrega informado nos anúncios era de, aproximadamente, três meses. Quando os consumidores formalizavam reclamações pelo não recebimento das mercadorias, os investigados derrubavam o site e criavam outro.
Durante a ação foram presos cinco suspeitos, apreendidos veículos de luxo e patrimônio milionário em poder dos envolvidos.
Todos os suspeitos são jovens e, até então, não tinham qualquer fonte de renda. A polícia estima que em um ano eles tenham movimentado um patrimônio superior a R$ 5 milhões.