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O diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), Paulo César Silva, esteve na Câmara de Poços de Caldas na terça-feira (21), para responder a questionamentos dos vereadores, a pedido do presidente da Casa, Marcelo Heitor (PSC). O assunto de maior destaque foi a afirmação de que uma servidora desviou R$ 3,5 milhões, de 2016 a 2021.

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O desvio, que já era de conhecimento público, foi investigado em um processo administrativo disciplinar e terminou com a exoneração da servidora, que confessou o crime. “No dia do registro do fato a servidora confessou um valor, mas, preocupado, pedi para bloquear todos os equipamentos dela, computadores, para colocar à disposição da polícia. Ainda comunicamos o Executivo e o Legislativo”, explicou Paulo. “Foi feita ainda a suspensão da assinatura dela em todas as contas, já que ela era tesoureira, abertura imediata de um processo disciplinar e uma sindicância para apurar os fatos, bem como de uma auditoria para apurar o valor real do desvio”, acrescentou o diretor.

O DMAE também acionou a justiça para que a servidora fosse afastada preliminarmente das funções enquanto o caso era apurado.

Ainda de acordo com o diretor, as investigações internas demonstraram que os desvios começaram em 2016. Os estabelecimentos onde ocorreram compras diretas pela servidora também foram questionados e tiveram seus nomes entregues à Polícia Civil para serem acrescidos ao inquérito policial. Os pagamentos foram realizados por transferência, cheques e até pix.

Além da Polícia Civil, o Ministério Público também acompanhou o caso e encaminhou um relatório ao departamento, lido pelo diretor na Câmara.
Paulinho esclareceu ainda que o inquérito policial vai apurar se a servidora possuía algum comparsa. O valor apurado do desvio é de R$ 3.576.507,21 e foi ajuizada ação de ressarcimento do erário público para que ela devolva com juros e correção monetária. Atualmente, os bens dela foram bloqueados pela justiça e o passaporte retido.