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A servidora pública do DMAE suspeita de desviar R$ 1,5 milhão teve sua demissão por justa causa publicada nesta segunda-feira (30). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município.

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Sem citar o nome da servidora, a portaria informa que o diretor presidente do departamento, Paulo César Silva, decidiu acatar o parecer da comissão processante, determinando “aplicação da pena de demissão por justa causa”.

O caso

Em outubro do ano passado, o diretor acionou a polícia para informar que o departamento havia sido alvo do desvio de verbas públicas. A servidora, ao ser descoberta, teria admitido o crime e informado que tirou do departamento R$ 702 mil no último ano. No entanto, o valor subtraído seria de R$ 1,5 milhão, de acordo com levantamento realizado pelo DMAE.

No registro feito pela PM, a informação é de que a servidora mora com uma tia que teria Mal de Alzheimer. Segundo a servidora, em 2019 a situação financeira ficou complicada e ela se aproveitou da função na tesouraria do departamento para desviar recursos. O dinheiro desviado seria usado para pagar o tratamento da tia, que morreu em junho de 2020, além de despesas com compras e viagens, entre outras.

Ainda de acordo com a acusada, o crime era cometido da seguinte forma: ela pegava cheques da empresa, que deveriam ser destinados a fornecedores, e colhia uma segunda assinatura com seus colegas, já que todos os cheques precisam estar assinados por dois servidores. Para disfarçar a fraude, ela costumava entregar muitos documentos e cheques ao mesmo tempo. Inclusive anexava documentos aos cheques, para dar credibilidade.

Com os cheques em mãos, a servidora pedia a uma estagiária para ir ao banco, descontar e entregar o dinheiro. A servidora afirmou que, em alguns casos, chegava a cometer o crime duas vezes na semana e que o valor médio semanal seria de R$ 8 mil.

Uma supervisora da tesouraria contou à polícia que começou a desconfiar da situação, em especial porque atualmente muitos pagamentos são feitos de forma eletrônica. Pesquisas no sistema teriam mostrado falta de dados e documentos. A supervisora acionou outros funcionários do setor, constatando a diferença financeira. Ao ser confrontada, a suspeita chamou seus superiores e confessou o crime.

Segundo o diretor do DMAE, a servidora foi suspensa. “Com a confirmação todas as providências já foram tomadas, ou seja, chamamos a servidora para conversar, ela confirmou o desvio; acionamos a polícia, registramos o boletim de ocorrência, suspendemos a servidora através de um ato da diretoria e constituímos uma comissão para instaurar uma sindicância e apurar o valor desviado”, explicou.

O boletim de ocorrência foi encaminhado à Polícia Civil e um inquérito policial foi instaurado. O nome da suspeita não foi divulgado.