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Foi presa em Poços de Caldas, na última quarta-feira (9), Maria das Graças Figueiredo, de 67 anos. A mulher foi condenada por ter mandado matar o marido no ano 2000. De acordo com a Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DCPI/PCDF), a autora estava foragida há 11 anos. Ela teria atuado intelectualmente no homicídio praticado contra seu marido no Distrito Federal (DF).

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Maria das Graças Pereira foi presa em Poços de Caldas (foto:PCDF)

O crime, classificado como bárbaro, aconteceu no ano 2000, quando a então funcionária do Ministério da Fazenda contratou um homem e um adolescente, por R$ 700 cada, para matar o marido Odovaldo Machado Figueiredo, que era diretor do Sindicato dos Rodoviários do DF. O crime teria sido arquitetado para que ela ficasse com o dinheiro do seguro do companheiro.

Maria das Graças foi presa no apartamento onde morava com a filha e o genro, no bairro Jardim dos Estados. A mulher foi encaminhada para o presídio e aguarda transferência para Brasília (DF).

Odovaldo levou mais de 20 golpes de canivete, um tiro na nuca e ainda teve os olhos arrancados (foto: Internet)

A mulher chegou a ser presa na época do crime e condenada a 19 anos de prisão em regime fechado. Cumpriu dois deles e conseguiu converter o restante da pena para prisão domiciliar. Em seguida, fugiu, permanecendo foragida durante 11 anos.

 

O crime

Maria das Graças contratou os assassinos que invadiram a casa da vítima no dia 28 de março do ano 2000 e desferiram mais de 20 golpes de canivete contra Odovaldo, colocaram o corpo em um carro e o levaram até uma estrada de terra. Lá os criminosos atiraram na nuca da vítima e arrancaram seus olhos.

O corpo foi encontrado na manhã do dia 29 de março daquele ano. Graça foi presa à noite, no mesmo dia. A mulher contou que não havia ouvido barulho nenhum na noite anterior e que não desconfiava de nada. A Polícia Civil (PCDF), no entanto, logo desmentiu o depoimento.

O caso chocou o DF na época. A família conta que Graça, no dia do crime, chegou a ir a um salão de beleza para falar com a imprensa, possivelmente tentando manter a história sobre o mando do crime. Familiares apontam ainda que a acusada chegou a se envolver em rituais de magia negra para tentar matar o marido. O homem pretendia se candidatar a deputado distrital em 2002.