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Marcel Charles Pereira é saxofonista há 16 anos e, em 2019, realizou o sonho de levar amor através da música. Em seu projeto “Hospital Musical”, uma vez por semana, ele vai à Santa Casa de Poços de Caldas, onde passa pelas alas tocando suas músicas para os enfermos.

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No repertório, músicas instrumentais que variam desde o gospel, clássico, popular, internacional e um pouco de improviso. “As músicas e notas que eu sinto de tocar em cada ocasião e em cada lugar eu vou tocando e improvisando”, conta o saxofonista. Marcel começou na banda da Escola Dom Bosco em 2003 e há 10 anos toca na Orquestra Filarmônica Adoração (OFA), da Igreja Assembléia de Deus, além de casamentos e na Sinfonia da Paz, desde que o evento começou.

“Eu cobrava de mim mesmo que eu precisava fazer algum serviço social e levar a música às pessoas. Minha mãe também sempre me incentivou e chegou o momento que percebi que não dava mais para esperar e comecei a realizar o projeto. É um sentimento muito bom chegar, tocar e ver as pessoas receberem a música. Sinto que elas se acalmam”, relata Marcel.

“O Hospital é um lugar complicado. Na Oncologia, por exemplo, a gente vê as pessoas sofrendo, fazendo a quimioterapia, aí você leva a música e percebe que os pacientes se acalmam. Eu passo pelos corredores tocando, algumas pessoas abrem a porta, escutam as músicas e muitas vezes pedem para eu entrar no quarto para tocar. Isso é muito bom, só de sentir isso já vale a pena”, completa o saxofonista.

Pacientes recebem a visita durante a internação (fotos: Divulgação)

A assistente social da Santa Casa, Silvia Bianucci, foi quem abriu as portas para Marcel tocar suas músicas no Hospital. Para ela, esse tipo de ação é de muito valor. “É um momento muito bom. Os pacientes ficam muito agradecidos com a música, ficam felizes. Têm pessoas que pedem para ele entrar no quarto porque também são músicos e se identificam com ele. É importante, alegra o ambiente hospitalar. A realidade do Hospital é uma realidade muito triste, a pessoa está em um ambiente muito quieto, muito sério e a música traz um momento de descontração e de alegria”, salienta a assistente social.