Dois macacos encontrados mortos foram encaminhados para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. Os animais foram localizados no último final de semana, perto da avenida Champagnat, no centro da cidade, mas em pontos diferentes. Segundo a Vigilância Ambiental, o primeiro animal localizado é adulto e está com o corpo intacto. Já o segundo macaco tem lesões nas mãos, nas pernas e na cabeça.
“Um morador relatou que viu o momento que este macaco pulou na rede de alta tensão, recebeu a descarga elétrica e caiu no chão. É possível também que o primeiro macaco encontrado tenha morrido de morte natural pela idade que aparentava ter. De qualquer forma e seguindo o Guia de Vigilância de Epizootias do Ministério da Saúde, estamos encaminhando os dois corpos para análise que vai identificar se eles tinham ou não o vírus da febre amarela”, explica Jorge Lago, coordenador da Vigilância Ambiental.
Esta a segunda vez que a cidade encaminha animais para a análise. O primeiro caso fez, inclusive, com que a Fonte dos Amores ficasse fechada por um mês, como medida preventiva. O resultado da Funed comprovou que o animal não tinha o vírus da febre amarela e a Fonte foi reaberta no dia 7 de março.
Agressão
A orientação da administração é para que as pessoas não se voltem contra os macacos. Isso porque além de prejudicar as ações de prevenção da doença, agredir ou matar macacos é crime ambiental, previsto na Lei 9.605/98. “Os macacos se acostumaram a viver próximos dos humanos naquela área e este hábito de dar comida a eles contribui para a perda da condição natural deles. Então, recomendamos não alimentar estes animais e não atacá-los também. Os macacos são tão vítimas como nós, eles não transmitem a febre amarela aos humanos e ainda funcionam como alerta com a função de indicar a possível circulação do vírus da doença”, orienta Lago.
Vacinação
As vacinas contra a febre amarela seguem sendo oferecidas no município. Quem ainda não se vacinou deve procurar uma das salas de vacinação para receber a dose única que vale para a vida toda. O funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 16h30.
Em Poços está sendo administrada a dose integral, ou seja, sem fracionamento. É indicado evitar áreas de mata, ou só entrar nestes locais com a pele coberta e usando repelentes, de preferência a partir de 10 dias após ter recebido a vacina.
“Nossas equipes estão vigilantes e adotando todas as medidas necessárias e indicadas pelo Ministério da Saúde. Não tivemos nenhum caso registrado em Poços este ano, exceto o da turista de São Paulo que já chegou aqui com os sintomas da doença, o que caracterizou este caso como sendo importado. Todas as medidas necessárias continuarão sendo adotadas e contamos com a ajuda da população, de quem ainda não se vacinou, que procure uma sala de vacina para isso o mais rápido possível”, finaliza o secretário de Saúde, Carlos Mosconi.
Fonte: Assessoria de Imprensa