A elevação da temperatura nos últimos dias, associada à falta de chuva, já tem trazido alguns prejuízos. As principais represas de Poços de Caldas tiveram seus níveis drasticamente reduzidos, obrigando a DME a reduzir a produção de energia elétrica. A autarquia reforça a importância da economia neste momento.
De acordo com uma nota enviada pelo DME, a transição entre o fim do inverno e princípio da primavera é considerada um período de seca em nossa região. Por isso, com a diminuição das chuvas, o ar, a vegetação e até a disponibilidade de água são afetados, pois, neste último caso, as represas armazenam volume menor em relação à capacidade. Atualmente a redução já é de 5% na geração de energia.
Para garantir que o abastecimento seja feito de maneira racional, a autarquia faz o monitoramento diário nas represas de sua responsabilidade. Neste monitoramento foi observado, por exemplo, que a Represa do Cipó, a maior de Poços, está com volume total de 32 milhões de m³ e atualmente está com 54% de sua capacidade total de armazenamento. Com relação à Represa Bortolan, a capacidade está em 35% do volume total armazenado (6,5 milhões m³), com seca nas áreas mais rasas devido ao assoreamento ao longo dos 60 anos de existência.
A Represa do Bortolan está com apenas 35% da sua capacidade total, que é de mais de 6 milhões de m³, e sua utilização se dá apenas para produção energética. Além de afetar a capacidade de produção de energia, também interfere diretamente no turismo que, segundo comerciantes, já caiu 50% só nestes primeiros dias mais secos.
“A título de comparação, atualmente o reservatório de Furnas está com 22,48% do volume armazenado e a média da região sudeste é de 28,36%, segundo divulgação feita pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)”, diz a nota.
É exatamente na Represa do Cipó que está um dos principais reservatórios de água, utilizado pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) para abastecimento local. Toda água que sai do reservatório vai para o Bortolan, passando antes pela captação da Estação de Tratamento de Água (ETA).
“A DME possui pequenas centrais hidrelétricas e a geração de energia está 5% abaixo do planejado para o ano de 2017. Nessa época do ano, há a necessidade de diminuição na geração preventivamente, priorizando o armazenamento de água para o consumo. Além disso, DME e DMAE têm feito uma gestão compartilhada, nessa semana foi realizada uma reunião sobre o assunto e as condições estão sob controle”, analisa o Presidente da DME, Nilson Pereira Souza.
A recomendação continua sendo sempre a de economizar e evitar o desperdício. Juntar roupas para lavar de uma vez só, não lavar calçadas e quintais e não demorar nos banhos são as principais dicas.