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Os sons das sirenes das viaturas da Polícia Militar de Poços de Caldas ecoaram pelo Centro da cidade na manhã desta terça-feira (11). O ato foi uma homenagem ao cabo Marcos Marques da Silva, morto na segunda-feira durante um assalto em Santa Margarida (MG).

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As viaturas se posicionaram no Parque José Affonso Junqueira às 11h, ladeadas por militares a frente do comando, em posição de sentido ligaram as sirenes por um minuto. De lá, o comboio saiu pela área central, demonstrando o sentimento dos colegas de corporação e o pedido de leis mais rígidas.

“Infelizmente tivemos este fato em Santa Margarida, o policial militar cumprindo seu dever de defender a sociedade se deparou com criminosos fortemente armados e, quando ele verificou que havia reféns na camionete, optou por não atirar, para preservar a vida dos reféns e acabou sendo atingido com um tiro de fuzil na cabeça”, resume o tenente coronel Sandro de Oliveira, comandante do 29° Batalhão de Polícia Militar.

Militares pedem punições mais rigorosas para criminosos.

As homenagens foram prestadas em todo o estado de forma simultânea e em algumas cidades de outros estados, mas também serviram como uma forma de repúdio e desabafo com relação ao rigor das leis. “A legislação hoje protege o criminoso e, praticamente, prende o cidadão de bem dentro de casa. Peço que as autoridades, que tenham condição de nos ajudar, que olhem por isso porque muitas vezes o criminoso sai da delegacia antes do militar”, pontua o comandante. “Passou da hora de nós termos uma política de encarceramento maior, onde o criminoso fique preso e o menor apreendido e que possamos fazer nosso trabalho com dignidade”, acrescenta.

O comandante ressaltou que cabo Marcos e o vigilante e Leonardo José Mendes, também morto na ação, entrarão para as estatísticas frias, de trabalhadores mortos no cumprimento do seu dever. “Agora que Deus conforte a família, o que a corporação puder fazer, faremos. Apelamos para que ele não seja mais um número, que  partir de agora a gente possa estabelecer políticas para que não tenhamos que passar por isso novamente”, destaca.

Ele também se lembrou do soldado Fabrício José Menezes, policial militar que atuava em Poços e também foi alvejado por um disparo, na cabeça, e morreu em 2010, ao capturar um foragido. “Nós reconhecemos os heróis que temos na corporação, são treinados, mas são questão de milímetros para o tiro pegar ou não, a gente passa por isso todo dia, na maioria das vezes conseguimos não ser alvejados, mas é questão de circunstâncias. Todo mundo tem treinamento, só que as vezes a vontade de fazer o mais e defender a sociedade acaba com tragédias como estas”, finaliza.