A ação de uma quadrilha foi frustrada pela Polícia Militar na noite da última terça-feira (25), graças à ajuda de uma testemunha. O rapaz, que estava parado na rua aguardando a namorada, ouviu quando as vítimas foram rendidas e conseguiu encontrar uma viatura policial para pedir ajuda. As vítimas não ficaram feridas e pouca coisa foi levada.
A testemunha estava na rua Munique, Jardim Europa, quando ouviu gritos vindos de uma residência. Segundo ele, os criminosos disseram: “Deita, eu já mandei vocês deitarem”. Neste momento, ele buscou socorro e encontrou a viatura na entrada do bairro.
Os policiais militares, sargentos Wagner e Reis, foram até o local indicado pelo denunciante e viram um dos assaltantes, que estava vestido com roupas pretas e encapuzado. Assim que percebeu a presença dos policiais, ele gritou para avisar os comparsas. Eles fugiram, com carteiras das vítimas e dois celulares.
Na fuga ainda deixaram cair uma televisão e um relógio, que pretendiam roubar. A quadrilha fugiu pelos fundos da casa, pulando um muro, após cortar uma cerca elétrica e uma concertina. Aos fundos da casa existe uma mata densa, que facilitou a fuga.
A PM teve dificuldades em evitar a fuga, mesmo em duas guarnições, por conta da grande extensão da casa e da área. Foi solicitado reforço, porém até o fechamento desta matéria ninguém havia sido preso.
Terror
Enquanto militares buscavam pela quadrilha, uma equipe liberou as vítimas. Os jovens, de 25 e 28 anos, contaram que chegavam em casa, por volta das 21h, quando perceberam a presença de quatro homens nos fundos da casa, todos encapuzados. Um deles apontou uma arma de cor preta, de tambor, provavelmente um revólver, e os outros três teriam apontado facas.
O homem armado com revólver disse: “Passa tudo que vocês têm, senão eu estouro a cabeça de vocês. Fica de boa, entrega tudo que tem, que aí o carro de vocês eu abandono em qualquer lugar”.
Antes mesmo pudessem falar qualquer coisa, um dos autores encostou a faca no pescoço de uma das vítimas e ouviu do comparsa que se ele cortasse teria que assumir a ‘bronca’. Ao fim do desentendimento, o ladrão que estava armado ordenou que os jovens fossem amarrados, com os cadarços dos tênis. Eles foram agredidos com socos, chutes e coronhadas nas costas.
Um dos criminosos exigiu as chaves da casa e saber o que havia lá dentro de valor. Ele foi informado pelo caseiro, que antes entregou o molho de chaves, que ele não tinha acesso a todos os cômodos. Antes de entrar na casa, um quinto autor foi para a porta da residência monitorar a movimentação e a presença de policiais.
Instantes depois as vítimas ouviram quando o criminoso que estava na porta avisou a chegada da polícia e a quadrilha fugiu. Ninguém se feriu.