Mesmo com o desfile das escolas de samba cancelado pela Prefeitura, a expetativa de movimento de turistas na cidade é bastante otimista. De acordo com o presidente do Sindicato dos Hotéis, Waldir Miguel, houve alguns cancelamentos, mas a maioria deixa para fazer a reserva de última hora. “Poços de Caldas é polo de atração e nós continuaremos sendo polo de atração. As reservas de hotéis já ampliaram bastante. Alguns tiveram muitos cancelamentos, mas, devagarzinho, o pessoal está reservando e, se não tivermos 100% de ocupação, teremos de 80% a 90% . Vai correr tudo bem e a população vai recepcionar muito bem os nossos turistas”, comenta.
Ele ainda ressaltou que não acredita que a falta de desfiles possa prejudicar o setor hoteleiro. “Para esse ano, acredito que não vá afetar em nada. O turista que vem para cá, muitas vezes, não está sabendo que não vai ter escola de samba, ele sabe que vai ter carnaval em Poços e ponto. Vão sentir falta na hora que eles estiverem aqui, sentir falta da beleza das nossas escolas, que são bonitas demais da conta, diga-se de passagem, mas, obviamente a população já está sabendo que teve um contratempo com a Prefeitura e tudo está dentro da lei. Não tem como forçar a Prefeitura a dar um dinheiro quando não se tem uma prestação de contas adequada”, explica.
Já o presidente da Associação de Bares e Restaurantes de Poços de Caldas (ABRE), Ricardo Mucciaroni, declarou que a notícia do macaco morto por febre amarela no município pode ter atrapalhado um pouco o movimento, mas informou que uma propaganda veiculada nos meios de comunicação tem o objetivo de trazer mais turistas para a cidade. “Nós estamos esperando um bom movimento, pelo menos igual ao ano passado. Essa questão da febre amarela nos preocupa muito, tanto é que as entidades, em parceria com a Prefeitura, fizeram uma propaganda de massa nas emissoras de TV no interior do estado de São Paulo, justamente informando que o Carnaval em Poços será ordeiro, tranquilo, familiar e que teremos muita alegria”.
Ricardo também aproveitou para falar sobre como a crise econômica tem afetado o setor de bares e restaurantes de todo país. “O Carnaval sempre gera um grande movimento para os bares e restaurantes porque as pessoas estão propensas a comer, beber e se divertir. Em relação ao ano passado, a gente não espera que iremos ter um aumento significativo, até mesmo porque o movimento de Carnaval é sempre muito grande. Esperamos uma queda nos nossos lucros devido a crise econômica. Nossos estabelecimentos estão praticando um preço bastante dentro do mercado, dentro da realidade, reduzindo as margens de lucro. Nós estamos tendo um aumento sazonal na parte de alimentos e bebidas. As grandes companhias cervejeiras têm segurado seus aumentos. Então, vamos, acredito que faturar menos em relação ao ano passado por conta do espremer nas margens de lucro”.
Waldir Miguel ainda demonstrou otimismo com relação aos demais feriados prolongados do ano. “Tem família que não vem no carnaval e já se programa para vir na Semana Santa, no feriado de 21 abril, em maio e assim vai, sucessivamente. Os feriados esse ano realmente estão para cidades turísticas e para o turismo brasileiro. Nós somos otimistas de natureza e podemos ficar tranquilos que aqueles turistas que vierem e os que já estão acostumados a vir para Poços de Caldas, vamos fazer uma boa recepção a eles e eles vão passar essa corrente para frente. A melhor propaganda é aquela boca a boca, quando a gnt vai num determinado local, é bem recebido e fala para os outros”, finaliza.
Acia
De acordo com o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária (Acia) de Poços de Caldas, Márcio Roberto de Oliveira, a expectativa é de que o setor hoteleiro tenha grande movimento durante o feriado. “Todo ano a expectativa é a maior possível, esse ano nós tivemos esse inconveniente em relação aos desfiles das escolas de samba e foi feita uma propaganda grande, tanto aqui na cidade como na região, mostrando que vai haver Carnaval , que tem muitas atrações e a expectativa é de movimento no setor de turismo. Movimentar hotel, movimentar restaurantes, postos de gasolina, taxistas etc”, comenta.
Apesar disso, acredita que as vendas não superem as do ano passado na mesma época.”Se a gente falasse que vai ser maior, vamos estar sendo muito otimistas. A economia ainda não reagiu da maneira que a gente imaginou. Se a gente tiver um movimento igual ao do ano passado já vai ser excelente”, explica.
