Um processo aberto pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em Poços de Caldas, por suspeita de superfaturamento em obra pública na Thermas Antonio Carlos, apura o envolvimento de Luiz Augusto de Barros, o “Bidu”. O suspeito é citado em investigações da Lava Jato e era diretor de Obras da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) na época das obras.
O inquérito para apurar os desvios em Poços de Caldas, que foi aberto há cerca de dois anos, é focado em garantir que o contrato da Codemig com a construtora Perfil Engenharia, vencedora da licitação aberta ainda em 2011, não tenha sido fraudado. O valor da reforma nas Thermas seria de R$10 milhões, com previsão para durar dois anos. Após nove aditivos, o custo da obra subiu para R$15 milhões, 50% a mais que o valor original.
Cidade Administrativa
Além desta obra, Bidu pode estar envolvido em outros esquemas fraudulentos, como na Cidade Administrativa, cuja obra foi anunciada por R$948 milhões em 2007. Com pelo menos 15 aditivos, foi inaugurada em 4 de março de 2010, tendo custado R$2,1 bilhões, segundo divulgou à época a assessoria de imprensa do então governador Aécio Neves. Na Codemig, Bidu comandou também obras polêmicas em São João del Rei, Araxá e Entre Folhas.
O processo instaurado em Poços de Caldas identificou Bidu, que até então era conhecido apenas pelo apelido.