Em seu segundo dia de mandato, o prefeito Sérgio Azevedo nomeou uma comissão de prevenção de enchentes. A limpeza dos bueiros na área central e em bairros com maior incidência de alagamentos foi feita ainda na primeira semana do ano. “Esse é um trabalho que já deveria ter sido feito preventivamente no período de seca. Mas, infelizmente, não foi feito e eu nomeei uma comissão para que pudesse primeiro estar fazendo um atendimento emergencial. Não estou querendo iludir ninguém e falar que o que a gente fez solucionou o problema, porque não solucionou, mas vai minimizar, com certeza, algum problema que possa ocorrer”, declarou o prefeito.
Sérgio ainda falou sobre a limpeza dos rios e córregos que cortam a cidade para evitar alagamento como o ocorrido em 19 de janeiro de 2016. “Faz parte da responsabilidade da comissão essa limpeza, tanto do Ribeirão de Caldas quanto do Córrego Vai-e-Volta, para evitar esse problema, porque tudo junta ali embaixo na rua Prefeito Chagas, naquela canalização que passa ali por baixo e causa o problema todo. Futuramente tem obras que podem prevenir esse mundo de água que passa por ali que seria fazer uma contenção de água antes de chegar no córrego perto do bairro São José e segurar essa água ali para que ela não desça com tanta força para o Centro”.
De acordo com a professora de Arquitetura e Urbanismo da PUC, Adriane Matthes, para evitar enchentes seria necessário fazer o destamponamento dos rios. “A questão da enchente é a quantidade de água que cai na chuva e a calha do rio que não suporta porque ela está obstruída na maioria das vezes, tanto na lateral quanto na superfície. Então, a questão da enchente não é só o bueiro, porque se a gente for olhar as imagens do ano passado vai ver que essa água escoa rápido, ela não fica aqui represada”, explica.
Segundo ela, o ideal seria que a população se conscientizasse da importância de cuidar dos rios da cidade. “Existe uma necessidade de cuidar da calha do rio, da renaturalização dos córregos, dos rios, de uma arborização urbana consciente, de uma drenagem de espaços públicos. Não é uma ação que vai resolver isso, é uma outra forma de abordagem do planejamento urbano daqui para frente”, finaliza.