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Seu Honório espera ganhar uma calça de presente de Natal.

Seu Honório é um dos internos do Asilo Vinha do Senhor. Foi para lá há cerca de um ano, depois de sofrer um AVC que lhe tirou os movimentos da perna direita. Ele lembra a própria história com dificuldade, já que a memória começa a falhar. A idade, não sabe ao certo. “Tenho 70 e poucos”, diz.

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Trabalhador rural aposentado, conta que é solteiro e que cuidou do pai e da mãe até seus últimos dias. “Vivo mesmo só tenho uma irmã e um irmão. Ele vem me visitar sempre, para ela é mais complicado”.

Quando perguntamos qual o presente de Natal que ele escolheu, sorri e informa: “Eu pedi mesmo foi uma calça, queria ganhar uma calça”. Seu Honório é um dos 28 moradores do Asilo Vinhas do Senhor, localizado no Centro de Poços de Caldas. Todas as quartas-feiras, depois do almoço e da sessão de TV, faz fisioterapia com Daniel Lemos, um dos voluntários que atende no local.

Foi Daniel, junto de um grupo de amigos, que criou a campanha deste ano. “Vimos uma reportagem sobre isso e resolvemos conversar e tentar fazer essa ação em um dos asilos aqui de Poços”.

A “Companhia do Bem”, como é conhecido o grupo, realizou a primeira visita ao asilo no mês de agosto e aproveitou para perguntar aos idosos o que gostariam de ganhar.

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‘Companhia do Bem’ realizou a primeira visita ao asilo em agosto deste ano.

“Eu imaginei que fossem pedir coisas como celulares, relógios, TV’s para colocarem nos quartos. Mas não. Pediram tênis, blusas de algodão, calças de moletom. Isso foi surpreendendo no aspecto de serem pedidos muito simples”, disse.

A ideia inicial era que cada idoso fosse “adotado” por um dos membros do grupo, mas a campanha fez tanto sucesso nas redes sociais que os voluntários decidiram não comprar os presentes, mas sim deixar que outras pessoas pudessem fazê-lo. O resultado foi tão positivo que nem os moradores do asilo, nem os membros da Cia do Bem esperavam por isso. Cada idoso será presenteado não com um, mas com dois presentes cada um.

“Isso que a gente faz não é nada demais. Procuramos trazer alegria, porque a maioria das pessoas que estão aqui não recebem visitas da família. É bem melhor para mim do que para eles”, finaliza Daniel.