Moradores e comerciantes de Poços de Caldas têm mostrado insatisfação com a atual situação da Praça dos Macacos. O local, que abriga o Balneário Mário Mourão, tem se tornado dormitório dos moradores de rua e vários buracos e sinais de abandono são visíveis.
De acordo com uma comerciante do local, que prefere não se identificar, o apoio da Polícia Militar também tem sido insuficiente: “Temos a casinha para o pessoal da PM ficar e ninguém aparece, nem nos dias de feirinha. Os moradores de rua intimidam os nossos clientes, porque ficam pedindo esmola toda hora. Às vezes até correm atrás das pessoas”, conta.
No chão e nas construções do local, é possível ver alguns sinais de abandono. “O pessoal da Secretaria de Turismo veio aqui e disse que só pode fazer o trabalho de metade da praça, que pertence a eles. Mas que do outro lado, só o pessoal de obras para consertar. Perguntei se ele não podia conversar com o pessoal de lá, ele disse que não”, ressaltou a comerciante.
O estoquista Alysson Augusto Santos, que passa sempre pelo local, disse que o descaso é grande: “Tem muito buraco pelo chão e vários mendigos dormindo aqui todos os dias. Essa área onde acontecem os shows precisa de uma reforma, não tem espaço pro pessoal, tudo está muito abandonado”, disse.
De acordo com a secretária de Promoção Social, Lúcia Helena Junqueira, o serviço de abordagem social é realizado rotineiramente. Alguns dos moradores de rua, que tem problemas com álcool, recusam o tratamento e estão ficando na Praça dos Macacos: “É de nossa rotina atender as indicações dos moradores. Uma boa colaboração é não dar esmolas. Temos feito campanhas intensivas para que a população se conscientize de que dessa forma não ajudam a resolver os problemas das pessoas ou da cidade”, ressalta.
Segundo o secretário de serviços públicos, Marcos Salles, a Praça dos Macacos precisa de uma revitalização completa. “Está programada para semana que vem uma mudança no paisagismo da praça. A partir disso, queremos fazer uma parceria com a secretaria de obras para poder fazer a substituição do piso. Claro que isso demanda um pouco mais de tempo, porque precisamos da autorização do Conselho do Patrimônio Histórico da cidade”, explica.