Servidores do município estiveram reunidos em assembleia geral realizada na noite de quinta-feira (10) na Urca. O encontro foi promovido pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Poços de Caldas – Sindserv, que, além de prestar contas do exercício 2015, discutiu com trabalhadores a elaboração da pauta de negociações do acordo coletivo 2016/2017 e indicativo de greve do magistério.
O motivo é o descumprimento da Lei 11.738/2008, que dispõe sobre piso salarial e jornada extraclasse dos professores. De acordo com Fabiana Gimenes, presidente em exercício do Sindserv, este movimento acompanha a mobilização nacional pela educação, que já acontece há anos.
“Levamos o assunto para discussão com a categoria na assembleia do magistério e a grande maioria dos professores presentes optou por aderir ao movimento. Nos dias 15, 16 e 17 de março os professores de Poços estarão paralisados, juntamente com nossos colegas da rede estadual”, explica.
O Sindicato agora está preparando material informativo que será distribuído nas unidades de ensino e também para a população. No dia 15 de março, primeiro dia da paralisação, professores do município e estado se concentrarão na Urca a partir das 15 horas para definir as ações do movimento para os dias seguintes.
Acordo coletivo
A assembleia geral foi mais uma oportunidade que servidores tiveram de solicitar a inclusão de cláusulas na negociação do acordo coletivo. O documento já tinha 13 cláusulas que não foram aprovadas em anos anteriores, mas que continuarão sendo negociadas.
Servidores de diferentes categorias, como: agentes de saúde e endemias, técnicos de enfermagem, instrutores de banda, psicólogos da promoção social, professores e outros estiveram presentes para reivindicar melhorias em seus planos de carreira e condições de trabalho.
O Sindicato enviou ofício à administração municipal em janeiro solicitando a abertura das negociações, porém, até o momento, não houve retorno da prefeitura. Mesmo assim, ainda hoje o Sindserv enviará a pauta com as novas cláusulas almejadas pelos servidores.
Reajuste e vale-alimentação
Segundo levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, a prefeitura poderia oferecer aos servidores correção salarial e
ganho real de até 22,08%, atingindo o limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 54% do orçamento com folha de pagamento.
Por decisão da maioria, o Sindserv vai pleitear reajuste de 22,08%. O vale-alimentação oferecido hoje pela prefeitura é de R$ 390. Os servidores votaram para que o valor seja corrigido para R$ 600.
Fonte: Sindserv