Publicidade
1-apenas-dois-dos-dez-agressores-de-malala-estao-presos-001
Obra é livro-reportagem para crianças (foto: divulgação)
Obra é livro-reportagem para crianças (foto: divulgação)

A história de Malala Yousafzai, a paquistanesa que foi baleada pelo Talibã, aos 14 anos, por defender a educação de meninas no país dela, será contada às crianças durante o Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços), que será realizado entre os dias 30 de abril e 8 de maio. Caberá à escritora, jornalista e fotógrafa Adriana Carranca falar sobre a trajetória da paquistanesa,vencedora do Prêmio Nobel da Paz, em 2014,  que passou a ser conhecida em todo mundo e virou símbolo da luta contra a intolerância e ao direito ao ensino.

Publicidade

A escritora e jornalista é autora do livro, “Malala, a menina que queria ir para a escola”, mesmo nome de sua palestra no Flipoços 2016, marcado para o dia 6 de maio, sexta-feira, às 15h00, no Teatro da Urca. Para escrever a obra, que inaugurou no país, em 2015, um novo gênero literário, o de livro-reportagem para crianças, Adriana esteve no Vale do Swat, no Paquistão, onde nasceu e cresceu Malala, sobrevivente do ataque Talibã. “A Adriana está acostumada a cobrir guerras. Ela tem um pacto com a frieza jornalística sem perder a sensibilidade em relação ao sofrimento humano. Saberá contar de forma positiva aos pequenos, a história de Malala que, felizmente, tomou um rumo bacana”, diz Gisele Ferreira, curadora do Flipoços e diretora da GSC Eventos Especiais, empresa que criou e organiza o evento há 11 anos.

No dia seguinte, 7 de maio, sábado, às 15h00, a escritora e jornalista, que escreve sobre conflitos religiosos e direitos humanos, com foco na mulher, dará uma canja aos adultos, na  palestra “Cobertura de guerra ou jornalismo literário”. Formada em jornalismo e mestre em Políticas Sociais e Desenvolvimento, pela London School of Economics, Adriana é colunista de dois dos maiores jornais do país – O Globo e O Estado de S.Paulo. Foi enviada especial para a cobertura de conflitos como as guerras do Iraque e da Síria. A trabalho, esteve, ainda, no Afeganistão, em Israel e em países africanos como Gongo, Uganda e Sudão do Sul. Também viveu nos Estados Unidos, quando foi correspondente na Organização das Nações Unidas (ONU), e participou do International Reporting Project, da Universidade Johns Hopkins. De passagem pela Inglaterra, foi pesquisadora convidada do Reuters Institute for the Study of Journalism, na Universidade de Oxford

Currículo premiado

O trabalho de Adriana rendeu a ela importantes prêmios. Foi menção honrosa no prêmio Esso, o principal do jornalismo nacional, com a série de reportagens “As guerras da África” e levou dois Líbero Badaró com a reportagem “Sudão do Sul: a guerra esquecida” e com a “Coletânea da guerra do Afeganistão”. Além da obra sobre Malala, Adriana publicou dois livros-reportagens para adultos: “O Irã sob o chador”, finalista do prêmio Jabuti, o mais importante da literatura nacional, e o “Afeganistão depois do Talibã”. Profissional de várias facetas, ela também dirigiu o documentário “Se for menina?”, quando acompanhou por sete anos adolescentes envolvidas com o crime em São Paulo, e é autora da exposição fotográfica “Outono em Cabul”, que circulou por todo o país. Uma das imagens foi escolhida pela ONU para integrar a campanha. Humanizing Development.

Mais informações e programação completa do Flipoços 2016 no site do evento: www.flipocos.com. A troca de ingressos por livros começa em 21 de março e os agendamentos de escolas e para as palestras em geral já começaram. Interessados podem fazer agendamos no site do evento ou pelo telefone (35) 3697-1551, com Maíra. O Flipoços 2016 e a 11º. Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas, realizados simultaneamente, contam com o apoio do DME Energética, Prefeitura de Poços de Caldas e Secretaria de Cultura.