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Kátia, Mateus e Wendel foram apresentados pela Polícia Civil
Kátia, Mateus e Wendel foram apresentados pela Polícia Civil
Vítima, presa em Três Corações, estava cumprindo saída temporária de Natal
Vítima, presa em Três Corações, estava cumprindo saída temporária de Natal

A Polícia Civil apresentou, na tarde desta segunda-feira (23), os suspeitos pelo assassinato de Júlio César Alves Ferreira, 24, que aconteceu na noite do dia 24 de dezembro do ano passado. A então companheira da vítima, Kátia Goulart, 37, confessou o crime e disse que estava sendo ameaçada de morte.

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O corpo foi encontrado na Serra do Selado, com sinais de facadas e queimaduras. Júlio estava preso em Três Corações por tráfico de drogas e havia saído temporariamente para o Natal. “Eu não aguentava sofrer na mão dele mais. Dias antes ele comprou um trinta e oito. Ele falou que ia matar meu filho e acabar com a minha vida. Antes dele me matar eu matei ele”, disse Kátia.

A prisão da mulher ocorreu no dia nove de janeiro. O comparsa Wendel Wilker Civitanova, 20, conhecido como “Ratinho”, foi preso em 14 de fevereiro. O filho da mulher, Mateus Adriano Goulart Barbosa, também de 20 anos, foi preso na manhã de hoje. “No local do crime estava também o filho, que teria ateado fogo na vítima com um galão de combustível. A partir dos depoimentos do Ratinho representamos pela prisão do Mateus, que seria o último autor”, informou o delegado Cleyson Brene.

Mateus nega a participação no crime. Segundo a mãe, ele não sabia de nada. Ele apenas teria emprestado a moto utilizada na fuga, que teria ocorrido com a ajuda do Ratinho.

Kátia confessou o crime, mas nega a participação do filho
Kátia confessou o crime, mas nega a participação do filho

Kátia contou ainda que o crime foi executado após Júlio ter usado crack. “Eu chamei ele para tomar uma cerveja, ele topou. Eu coloquei dipirona na cerveja dele, abaixou a pressão. Na hora que ele chegou lá em cima comigo eu matei ele. Um pouco pra frente de onde o corpo foi encontrado tem uma cerquinha e uma ruinha de terra. Foi onde eu levei ele e dei a primeira facada”.

Motivação

De acordo com a Polícia Civil, um dos motivos do crime seriam as ameaças feitas por Júlio depois de descobrir que Kátia se relacionava com Ratinho. Porém, nos objetos pessoais da vítima foi encontrado um contrato de transferência de um ponto de drogas dele para ela, na rua em que os dois moravam.

O documento tem até a assinatura de testemunhas. “Esse possivelmente teria sido um dos pontos divergentes com a Kátia.Inclusive ela traficava nesse ponto. Além disso, temos testemunhas que alegam que eles se desentenderam porque ela estava tendo um relacionamento com o Ratinho”, explicou o delegado.