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Área próxima ao córrego é considerada de risco.
Área próxima ao córrego é considerada de risco.

“Quando entrei na minha casa estava toda alagada, o quintal todo coberto por água, foi uma tristeza muito grande. De lá pra cá, só vem piorando a situação”, conta o chapeiro Douglas dos Reis Florêncio.  Ele é uma das vítimas da inundação que ocorreu no Jardim Kennedy em dezembro de 2012.

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Depois de ter um prejuízo próximo dos dez mil reais, Douglas se mudou com a família para outra casa. Agora, recebe um auxílio-moradia de R$500 e ainda não tem um parecer sobre quando será concluída a desapropriação do imóvel. Segundo ele, outras 28 famílias aguardam uma posição do Executivo quanto ao pagamento.

Douglas mostra a marca deixada pela água
Douglas mostra a marca deixada pela água

A casa foi construída em uma área de risco, em frente ao córrego que passa pelo bairro. “A gente constrói a casa não para pagar aluguel, mas para ter a casa da gente. Já que a prefeitura não teve o compromisso e a responsabilidade de cuidar do córrego para resolver a questão do alagamento no bairro e ainda sim liberou construções, fica muito difícil pra gente”, reclama.

Sem previsão

O processo de desapropriação está parado devido à falta de recursos para pagamento das famílias. A secretária de Promoção Social, Lúcia Elena Rodrigues, não informou o valor nem a quantidade de processos. Porém, há casos pendentes desde o ano de 2006.

Uma comissão analisou o valor dos imóveis de acordo com o mercado imobiliário, mas por enquanto os trabalhos não têm continuidade. “O que nunca deveria ter acontecido é, 30 anos atrás, a prefeitura aprovar esse loteamento. Agora não adianta a gente fazer todo esse processo se não existe recurso financeiro. Nesse momento, a decisão do governo é de manter o auxílio-moradia até que a gente possa dar continuidade ao processo”, explica.