Publicidade
Vídeo que circula nas redes sociais mostra cavalo caído no Centro de Poços.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra cavalo caído no Centro de Poços.

Quase três mil pessoas já assinaram o abaixo assinado que pede a proibição das charretes na zona urbana de Poços de Caldas. De acordo com o jornalista Clayson Felizola, criador da petição, o objetivo é montar um documento, apresentar à Câmara Municipal e regulamentar a questão.

Publicidade

Além das suspeitas de maus tratos aos animais, segundo o jornalista as charretes não estão adequadas ao Código de Posturas do município. “Na João Pinheiro, por exemplo, a velocidade mínima é 30 km/h. A velocidade média de uma charrete é de 20 km/h. Forçar o cavalo a correr seria provocar um esforço que configura em maus tratos” explicou.

Clayson também informa que a proposta não é brigar com os charretistas e nem acabar com os pontos de charretes, mas sim buscar alternativas como a substituição por um veículo de lata elétrico, conhecido como cavalo de lata. Outra opção seria o tuque tuque, que é uma moto adaptada. Na prática os charretistas manteriam o ponto, mas não usariam as charretes.

O vídeo

A polêmica das charretes voltou à tona nesta semana, após a divulgação de um vídeo nas redes sociais. As imagens mostram um cavalo que cai enquanto puxa uma charrete na Rua Barão do Campo Místico, Centro de Poços. O charretista ainda desce e tenta levantar o animal, que continua caído.

Segundo o presidente da Associação dos Charretistas, Luís Carlos Jonas, o cavalo não passou mal. “O charretista me disse que a pista estava molhada e o cavalo escorregou e caiu, mas logo se levantou. No vídeo não mostra quando ele se levanta”.

O cavalo foi analisado pelo veterinário da Associação, Mario Roberto Oliveira Filho. De acordo com ele, o animal não teve exaustão. “Ele apenas caiu, verifiquei se estava tudo bem. Ele não se machucou”, disse.

Audiência Pública

O assunto foi discutido no Legislativo em 2012, quando o vereador Thiago Cavelagna (DEM) realizou uma audiência pública. “Tivemos alguns avanços, houve a contratação de um veterinário, teve a microchip agem nos cavalos, regulamentação dos passeios, controle das vacinas. Mas faltam algumas coisas, não tem um disque denúncia para que o cidadão se torne fiscal e ajude na fiscalização” explicou o vereador.