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Cerca de 800 pessoas participaram de uma manifestação pelo Centro de Poços de Caldas, na manhã desta quarta-feira (19). Professores e estudantes reivindicaram melhorias em todo o sistema, como parte do Movimento Nacional pela Educação.

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O protesto começou após a realização de uma assembleia que reuniu profissionais das redes municipal e estadual. O percurso começou na rua Paraíba e terminou em frente à prefeitura. As principais reivindicações são de pagamento do piso nacional e de maiores investimentos no setor, com o repasse de 10% do PIB e dos royalties do petróleo.

“Os professores entendem a necessidade dessa mobilização. Hoje, as berçaristas ganham abaixo do mínimo nacional. Nós precisamos fazer valer o poder da educação. Estamos vendo crescer os índices de violência no nosso país e sabemos que somente os educadores podem reverter essa situação”, disse a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Poços de Caldas, Marieta Carneiro. 

Os alunos foram representados pela União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes). “Nossa principal reivindicação é ter o poder de conseguir falar que algo não nos agrada, dar sugestões para construir o sistema de educação dentro da sala de aula. E não que seja uma coisa que vem lá de cima e não vê o lado do estudante”, reclamou o membro da Umes Júlio Saulo.

A rede estadual também enfrenta problemas. Segundo o professor Hudson Vilas Boas, profissionais concursados deixam de ser convocados e muitas vagas são assumidas por professores designados. Além disso, as escolas locais sofrem com a falta de merenda. “As aulas começaram dia primeiro de fevereiro. Desde então, muitas escolas ainda não puderam comprar a merenda”.

A manifestação passou pela Superintendência Regional de Educação. O superintendente Marcos Bertozzi desceu até o local, mas não se pronunciou. Porém, ele explicou à imprensa os motivos da falta de merenda. “Teve um atraso do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que encaminha para o governo estadual o recurso para a compra”. A situação pode ser normalizada dentro de 15 dias, após a realização da licitação para aquisição dos alimentos.

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